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29 novembro, 2018

Ménage à trois




Ménage à trois é um assunto polêmico porque enquanto um monte de cara fala que sonha em fazer isso e a mulher que não aceita, tem tantos outros (inclusive esses mesmos que falam que com certeza fariam caso a mulher aceitasse) que na hora "H" dão pra trás.
    Por quê será que isso acontece? Muitos dão pra trás por puro mesmo medo, ainda mais quando tem a namorada envolvida no esquema. Uma coisa é o cara querer fazer um ménage com pessoas pouco conhecidas ou desconhecidas e outra coisa é fazer com uma pessoa que ele conhece e tem sentimentos. Primeiro porque se ele faz com pessoas estranhas não acontece tanto aquela preocupação de mandar mal, de não satisfazer a mulher (já que provavelmente não rolaria sentimento) e tampouco de rolar fofoca, já que provavelmente se trataria de pessoas fora do ambiente dele. Sem contar o fato de que ele não teria que olhar todo dia pra cara desses "desconhecidos" e poderia facilmente sair do mapa caso e quando quisesse.
       Quando tem sentimento envolvido muita coisa muda, não só porque ele gosta de você, compartilha de um vínculo social em comum, como também porque ele pode ficar com medo da situação ser desconfortável (ele pode achar que na hora "H" você pode não gostar de vê-lo com outra ou até mesmo pode ficar sem graça de ficar com outra na sua frente, por exemplo). Sem contar o medo de não dar conta, né? convenhamos que satisfazer uma mulher só é muito difícil, quem dirá duas sendo que uma delas é a mulher que ele ama e certamente não quer decepcionar.
       Mais do que uma proposta ousada o ménage à trois não deixa de ser um desafio para o cara que faria questão de fazer com que essa experiência fosse boa não só pra você, como também pra ele como homem que certamente iria querer pagar de bom de cama que satisfaz a mulher e a desconhecida (mesmo não rolando sentimento com esta ele também não iria querer mandar mal e correr o risco da mulher sair contando pra todo mundo ou fazer coisas do tipo, né). Assim, tudo isso acaba sendo motivo de sobra pra que ele fuja da proposta, ainda que a deseje.
      Como convencê-lo? uma boa alternativa seria você falar que ele não cuidaria das duas sozinho, que você iria ajudar, que também brincaria com a outra mulher, bem como da situação como um todo. Se você conseguir fazer com que ele veja que não será "ele contra duas", mas sim vocês dois com a adição de uma, certamente ele ficará mais tranquilo e sentirá menos a pressão de fazer duas gozarem "as custas dele" (isso seria muita responsa, né?). Uma outra alternativa seria puxar pro "deixa acontecer naturalmente": você pode arrumar uma amiga e levar ele pra sair junto sem premeditar nada diretamente com ele. Você pode combinar com essa amiga que o tal do ménage pode vir a acontecer naquele dia, dar uma bebidinha a mais pra todos, fazendo com que todos se liberem um pouco mais e aí, quando seu namorado ver já aconteceu e ele nem percebeu!

Como convencer a mulher a ir no swing? Você quer mesmo saber? É melhor nem ler a resposta…

 Urso, eu tenho a maior vontade de ir com minha senhora a um clube desses de troca de casais, não sei se faríamos alguma sacanagem com alguém, mas tenho vontade de ir, gosto de uma boa sacanagem. Já fomos um dia, demos uma bela transada por lá, mas no fim da noite uma mulher, até que gostosa, veio se esfregar em mim e eu não neguei, aí ela ficou muito puta e não quer ir mais, eu prometi que isso nunca voltará a acontecer, mas ela não quer nem pensar no assunto. Como faço para convencê-la a me acompanhar numa balada dessas? Eu tenho 32 anos e ela 29 (é uma delícia).
Olá caro anônimo, acho muito engraçad
o e previsível essa história de me mandar um e-mail como esse de forma anônima, para não dizer também, cômodo.

Pelo menos sua pergunta é direta, convencer a mulher a ir numa casa de swing não é para qualquer um mesmo, a demanda tem um certo grau de dificuldade, o senhor precisa ter bons argumentos e uma presença de espírito enorme quando a mulher encontrar algo “maior” pela frente ou por trás.

Você deu algumas informações que considero vitais para a resposta, muito obrigado, isso facilita a minha vida, mas pelo jeito, dificulta a sua. O trecho “não sei se faríamos alguma sacanagem…” deixa no ar a possibilidade de que algo aconteça.

Em sua última visita a uma casa de swing, o senhor desrespeitou uma das regras mais valiosas entre casais adeptos ou simpatizantes: “não faça nada que não estejamos de acordo”. Isso realmente lhe trará problemas para levá-la novamente, mas nada é impossível. A melhor forma de convencê-la é falar abertamente, diga que quer ir e deseja que ela vá com você. Se vocês têm um relacionamento aberto e franco, fale até na possibilidade de ir acompanhado de outra pessoa, caso ela não queirChegar com presentes pode até funcionar com algumas mulheres: flores (sem espinhos), jóias e bombons são bons, não pesam e não servem de arma… Microondas, liquidificador e panela de pressão não são bons presentes…

Outra alternativa é procurar fóruns, sites e filmes que falam do assunto, pode ser que ela acabe simpatizando com a causa, contudo advirto que ela poderá pegar asco também, problema seu, nem venha me culpar depois.

Serei sincero, vocês não estão prontos para entrar de cabeça nesse mundo underground. Não acho que ela ficou zangada com você apenas porque não estava “entretida” com outro enquanto o senhor estava “liberando” sua fantasia, creio que o problema é que ela não curtiu muito a sacanagem. Mas, ela estava lá, não estava? Já ouvi casos de gente que foi só para olhar e acabou entrando no meio e nunca mais voltou…

Essa história de troca de casais, geralmente, é perversa para os homens! Boa parte das mulheres que são convencidas por seus companheiros a adentrar esse mundo, surpreendem pelo desempenho, se mostram muito mais safadas e dadas do que eles imaginavam. É, caro colega, não sei se você vai gostar da mudança de comportamento de sua mulher. O senhor está achando que ela irá acordar da mesma forma, após ter transado com cinco desconhecidos enquanto via o marido com outras mulheres, como se tivesse ido a padaria comprar leite?

Esse “desempenho” pode ser fruto do prazer que ela está tendo ou até mesmo da ausência dele. “Como assim, Urso? Ela pode não ter prazer?” perguntou alguma leitora saidinha que está lendo neste exato momento – É isso mesmo, ela pode estar fazendo apenas por raiva de ver o amado “trabalhando” em outra freguesia, aí resolve dar o troco, mas prazer que é bom…

Estou generalizando, é claro que pode acontecer de seguir a vida normalmente, mas isso funciona como uso de drogas, tem cara que consegue entrar e sair, o organismo rejeita, porém, na maioria dos casos, a história é bem diferente.
a ir. Minha dica é ter essa conversa sem objetos pontiagudos, de grande volume ou cortantes por perto.


Chegar com presentes pode até funcionar com algumas mulheres: flores (sem espinhos), jóias e bombons são bons, não pesam e não servem de arma… Microondas, liquidificador e panela de pressão não são bons presentes…

Outra alternativa é procurar fóruns, sites e filmes que falam do assunto, pode ser que ela acabe simpatizando com a causa, contudo advirto que ela poderá pegar asco também, problema seu, nem venha me culpar depois.

Serei sincero, vocês não estão prontos para entrar de cabeça nesse mundo underground. Não acho que ela ficou zangada com você apenas porque não estava “entretida” com outro enquanto o senhor estava “liberando” sua fantasia, creio que o problema é que ela não curtiu muito a sacanagem. Mas, ela estava lá, não estava? Já ouvi casos de gente que foi só para olhar e acabou entrando no meio e nunca mais voltou…

Essa história de troca de casais, geralmente, é perversa para os homens! Boa parte das mulheres que são convencidas por seus companheiros a adentrar esse mundo, surpreendem pelo desempenho, se mostram muito mais safadas e dadas do que eles imaginavam. É, caro colega, não sei se você vai gostar da mudança de comportamento de sua mulher. O senhor está achando que ela irá acordar da mesma forma, após ter transado com cinco desconhecidos enquanto via o marido com outras mulheres, como se tivesse ido a padaria comprar leite?

Esse “desempenho” pode ser fruto do prazer que ela está tendo ou até mesmo da ausência dele. “Como assim, Urso? Ela pode não ter prazer?” perguntou alguma leitora saidinha que está lendo neste exato momento – É isso mesmo, ela pode estar fazendo apenas por raiva de ver o amado “trabalhando” em outra freguesia, aí resolve dar o troco, mas prazer que é bom…

Estou generalizando, é claro que pode acontecer de seguir a vida normalmente, mas isso funciona como uso de drogas, tem cara que consegue entrar e sair, o organismo rejeita, porém, na maioria dos casos, a história é bem diferente.

Costumo falar aos amigos que swing é uma das poucas perversões que produzem “ressaca moral” até aos mais perversos dos homens, o dia seguinte é recheado de más intenções, o sujeito vai lá, passa a noite na orgia e depois, em plena luz do dia, que apalpar qualquer mulher que vê pela frente… Sorte da tiazinha do café…

Quanto a sua mulher ser uma delícia, digo que ninguém coloca na vitrine o que não quer vender.

Abraço do Urso a todos, especialmente aos irmãos palestrinos! Quero mandar um beijão para as ursoletes, estão dando show de participação! F. 34: é campeão, é campeão!!!!


O swing, conhecido igualmente como “troca de casais”, é uma prática sexual na qual os casais estáveis aceitam manter relações com casais liberais, amigos ou não. A psicóloga Giovanna Lucchesi acredita que a busca pela experiência da troca de casais com a função de fornecer prazer e de diversificar a prática sexual pode ser válida e satisfatória, desde que haja um consenso entre o casal. 



Porém, um alerta: a busca de sexo pela troca de casais com a finalidade de resgatar qualidade conjugal e sexual de uma relação em crise pode, em um primeiro momento, fornecer a sensação de bem-estar conjugal, mas também pode, futuramente, ser um potencializador dos desencontros. “Então, se estiver em crise, e se o casal não conseguir alinhar suas necessidades, é de extrema valia procurar um facilitador, ou seja, uma terapia de casal”, aconselha.

Não misture emoções com sentimentos!

Sempre que a relação está em crise, os sentimentos ficam confusos, mas as crises nas relações não precisam ser necessariamente motivos para separações. Até mesmo as crises podem auxiliar no crescimento do casal, adequando às novas necessidades desta parceria. “As relações podem acabar quando os parceiros não têm mais disponibilidade de investir, de fazer concessões, de dividir e se divertirem juntos. Dentro desta perspectiva, podemos assinalar a diminuição do desejo de qualquer contato afetivo e sexual”, explica a psicóloga.

É importante lembrar de que cada pessoa tem sua maneira de lidar com as situações e isso depende da forma com que ela aprendeu a se relacionar no mundo. “Um bom diálogo, claro e assertivo, que respeita a diferença e as necessidades individuais da parceria pode contribuir de maneira significativa para a reconciliação. Se este diálogo ocorrer de forma inadequada e o casal não conseguir alcançar os objetivos desejados, a alternativa será buscar uma ajuda especializada, mais focada, conhecida como terapia sexual”, conclui a psicóloga.

Chama acesa

Para manter o calor do namoro, é importante que haja um diálogo claro e assertivo, mantendo assim a qualidade da relação. Encontrar alternativas para inovar a vivência sexual, e não deixar de fazer programas agradáveis a dois também são essenciais. Além disso, é necessário que o casal: respeite as vontades individuais; coloque a criatividade para funcionar; e estejam realmente dispostos a viver uma relação conjugal e sexual saudável.

A seguir, conheça alguns dos termos usuais entre os adeptos do swing: Casal liberal: casal estável, com certo grau de compromisso, que pratica o swing com frequência; Exibicionismo: prática sexual em que uma pessoa (homem ou mulher) sente-se sexualmente excitado exibindo-se em trajes sumários, ou até nu, em locais públicos; Ménage: encurtamento da expressão francesa “ménage à trois”, que significa “sexo a três”. Há dois tipos de ménage: o ménage masculino, 2 homens e 1 mulher; e o ménage feminino, 2 mulheres e 1 homem; Single: homem ou mulher que pratica o swing sendo solteiro. Também pode ser aplicado a pessoas curiosas que estão conhecendo o swing sem maiores envolvimentos.

12 de junho é dia de swing?



Foto: Divulgação - Swing Club BH
Quarto com janela de vidro no Swing Club BH

A tradição no Dia dos Namorados é planejar um momento especial. Pode ser um jantar romântico, uma viagem, a realização de uma fantasia. "Ao invés de gastar R$ 100 por duas horas em um motel, no Swing Club BH paga-se R$ 80 e a experiência pode ser muito mais interessante”. É com o lema “onde tudo é permitido e nada é obrigatório” que Raul, responsável pela administração da casa, apresenta seu negócio como alternativa de programa para “casais de mente aberta”, expressão que ele usa para definir seu público. Das 22h às 6h, pode-se dançar ao som de música ao vivo no Scotch Bar, assistir aos shows de strippers feminino e masculino na boate, ir para um quarto privado ou observar os pares mais liberais nos cômodos com janelas de vidro ou na sala coletiva, onde se pode presenciar momentos íntimos de homens e mulheres. 

Sofia tem 31 anos e é relações públicas na capital mineira. Há 10 anos está com Pedro, 36. “A gente se ama, mas nossa vida sexual pedia uma novidade”. A resposta para esse “algo mais” que a belorizontina buscava foi o swing, uma ideia que surgiu como fantasia de ambos. A decisão veio em uma noite despretensiosa em que os dois estavam em um bar. Há um ano, lá foram eles para o Swing Club BH, única casa em Minas Gerais dedicada à troca de casais. Dentro do ambiente de três andares procuraram por um par que lhes interessasse. “Pedro e eu temos o mesmo gosto tanto para homens quanto para mulheres”, contou Sofia. Eliminado esse possível problema, veio uma primeira decepção. Estava difícil encontrar pessoas que lhes agradassem. Naquela noite, a idade dos presentes era de aproximadamente 50 anos. Eles chegaram a pensar que não daria certo. “No fim das contas, tivemos sorte. Chegou um casal de modelos, ambos de 26 anos, lindos! Decidi então, que iríamos abordá-los”. Na etiqueta do swing, é quase sempre a mulher quem faz a negociação e combina as regras do que será ou não permitido.

“A aproximação é um pouco constrangedora e a conversa precisa quebrar o gelo. Comecei com a pergunta clássica: é a primeira vez de vocês aqui? Clara (nome da outra menina) respondeu que sim. Então emendei: e vocês estão aqui por quê?” Essa pergunta, que pode parecer óbvia para quem nunca foi a uma casa de swing, pode, sim, ter muitas respostas. E a principal delas é o voyerismo. Mas não, Clara disse que nunca tinha tido beijado outra mulher e que tinha vontade de experimentar. Contou também que seu namorado gostaria de vê-la com outra garota. Sinal verde para o próximo passo. “Posso te dar um beijo, Clara?” Foi com essa pergunta que Sofia deu início à sua primeira experiência com oswing. A resposta foi afirmativa e, com o beijo entre as duas mulheres, estava selado o compromisso dos quatro para aquela noite. 


No Brasil, não existe uma informação precisa sobre a quantidade de casas de swing ou sobre o número de adeptos. No entanto, a pesquisa da antropóloga Olívia Von der Weid, de 2008, intitulada “Adultério consentido: gênero, corpo e sexualidade na prática do swing” identificou a existência de 55 estabelecimentos no país criados para a troca de casais. Nas regiões Sul e Sudeste estão localizadas 47 dessas 55 casas, com destaque para São Paulo e Rio de Janeiro que juntas abarcam 31 desses locais. 

NO traição, YES swing 
Fernanda e Rodrigo estão juntos há 6 anos e desde que iniciaram o relacionamento frequentam ambientes de swing. Já foram em casas em Recife, Florianópolis e São Paulo. Moradores do interior de Minas Gerais, uma vez por mês viajam 200 km até Belo Horizonte para “apimentar” a relação. Antes de se relacionar com a atual companheira, Rodrigo teve um casamento marcado por traições à esposa que levou à separação. No relacionamento atual com Fernanda, o swing foi um antídoto para eliminar o interesse em relações extraconjugais. Nessa meia dúzia de anos frequentando o Swing Club BH o casal nunca efetivou a troca de casais propriamente dita, mas já vivenciou experiências de beijar e tocar outras pessoas. “Hoje me sinto mais realizado podendo viver outras experiências sexuais junto com a minha mulher, sem a necessidade de traí-la.”, explica Rodrigo. 

Foto: Reprodução da pesquisa
Sofia reforça essa ideia. “Eu amo o meu marido e nunca seria capaz de traí-lo, mas não acredito na monogamia. O swing serve para alimentar um relacionamento de muitos anos, é uma tentativa de fazer coisas novas sexualmente. Eu acho que poucas pessoas praticam o swing, apesar de muitas terem vontade, mas as pessoas traem muito umas às outras”.

Dê sua opinião:

A antropóloga Olívia Von der Weid iniciou sua pesquisa sobreswing após constatar em um outro estudo realizado em 2004 que 47% das mulheres admitiram já ter traído, contra 60% dos homens. Surge aí uma pergunta: a traição é mais socialmente aceita que o swing? A psicóloga, psicoterapeuta, escritora e professora aposentada da UFMG, Clara Feldman, põe luz à essa questão. “Para tratar de assunto como esse, é preciso enxergá-lo sem o menor julgamento e sem entrar em questões morais. O importante é tentar compreender o comportamento e não julgá-lo. O swing não me parece uma experiência recorrente entre as pessoas. As práticas que ocorrem com muita frequência passam a fazer parte culturalmente do comportamento social, e esse é o caso da traição. Algumas pessoas podem associar a prática da troca de casais a um desvio sexual ou a uma conduta desvirtuada, mas encaram com naturalidade a traição”.

Cumplicidade é a palavra mais usada pelos praticantes de swing para defender essa escolha. Todos consideram esse comportamento uma alternativa honesta para vivenciar relações longas sem que as pessoas precisem esconder o desejo de se envolver sexualmente com outros homens ou mulheres. 

“Os casais praticantes de swing consideram que a possibilidade de viverem aventuras sexuais de forma negociada dentro do próprio relacionamento tornaria uma eventual traição de um dos parceiros algo ainda mais grave. A fidelidade, mais do que valorizada, parece ser uma condição essencial para a preservação do relacionamento”, afirma a antropóloga Olívia Von der Weid que completa: “a prática doswing é também uma alternativa adotada pelos casais para se prevenirem contra a infidelidade. Ao controlar a sexualidade do parceiro consentindo que ele mantenha relações sexuais com outras pessoas, os swingers acreditam estar se protegendo da tão indesejada situação de traição. Um slogan que encontrei na minha pesquisa sintetiza bem essa ideia: NO traição, YES swing”.

O romantismo entra nesse jogo? 
Mas por onde passam os ideais de romantismo para os casais praticantes de swing? Não há contradição ao sentimento de amor o “empréstimo” da pessoa amada? O que fazer com o sonho de ser feliz para sempre com uma única pessoa? Dê sua opinião.  

O argumento central dos praticantes de swing é que há separação entre o ato sexual e o sentimento. O “fazer amor” está reservado apenas para o companheiro. Segundo Von der Weid, este é um tema recorrente entre os swingueiros e essa é uma premissa básica para quem quer aderir à essa prática. “É importante separar amor e sexo”, afirma Raul, responsável pelo Swing Club BH e adepto da prática há 10 anos com sua esposa Thaís. 

A pesquisadora ouviu dos casais com quem conversou que o swing trouxe resultados positivos para diferentes esferas de seus casamentos. Ver o parceiro se relacionando com outra pessoa, ser visto e participar dessa interação como observador ou ativamente traria consequências para a relação a dois no sentido de aumentar a liberdade, a intimidade e melhorar a própria relação sexual do casal. Olívia Von der Weid explica que a exclusividade sexual não é a maneira pela qual os casais swingers protegem o compromisso com o outro. Ela aparece, entretanto, sob nova roupagem e é justamente na separação entre sexo e amor que se encontra essa exclusividade nas relações swingers.

“Fazer sexo igualaria a todos. Cada indivíduo em uma casa de swing é um entre muitos outros possíveis parceiros sexuais, mas o amor singulariza, pois é capaz de transformar um indivíduo em especial. “Fazer amor” é considerado como superior e especial, enquanto “fazer sexo” responde a necessidades fisiológicas”, explica a antropóloga.

(A pedido dos entrevistados, os nomes das pessoas que relataram experiências de swing são fictícios).