Alcançar esse nível de intimidade é de uma satisfação similar a escalar o Everest com as próprias mãos, sem equipamentos e sem ajuda dos guias Sherpas. Afinal, o caminho só pode ser trilhado em dupla. Não há vagas para uma torcida: "Vai, está indo bem, um pouco mais de força, campeão!". A entrada é suave, e em partes, pequenos estágios que podem se dividir em mais de uma noite, até que a dama esteja suficientemente preparada para que o fato se conume em toda sua extensão. Leia-se, ir até o final, em um gozo não-hollywoodiano, mas ainda sim animalesco, intenso, único.
O pós-sexo será seguido por um longo abraço e pedido de aconchego por parte dela. Ele, de peito estufado, um pavão em toda sua glória, diante da fêmea. Vão arfar em conjunto, sincronizar a respiração e compartilhar um momento lindo, verdadeiramente lindo. Ela vai rever sua posição sobre o assunto, afinal, descobriu que pode sentir prazer. Ele, vai se sentir um mestre. Pois se tornou um pequeno homem ao transar com sua primeira namoradinha. Mas só agora pode dizer que realmente entende a alma feminina - e nem de longe entende. Vai fazer um olhar assim meio Nelson Rodrigues e se virar de lado, contemplando a beleza da situação. Ter uma mulher completamente entregue em nossos braços. Esse sim é o gozo supremo.