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30 outubro, 2010

Pesqui Diz? Brigas no Relacionamento!







11/08/07


Em todos os relacionamentos afetivos as pessoas são diferentes e os pensamentos também, por isso, nada mais normal do que uma “briguinha” de vez em quando para acertar os ponteiros de uma relação. Mas, é preciso ter cuidado e ficar atento para perceber até que ponto as brigas não se tornaram uma rotina na vida do casal.
Para o psiquiatra Leonard Verea, a relação afetiva é uma constante de altos e baixos. “Um casal em equilíbrio consegue alternar os momentos de impulso com os de prazer”, afirma.
“As discussões são necessárias porque geralmente as idades dos parceiros são diferentes, a educação e a forma de criação não foram as mesmas. Nem todo mundo consegue aprender a lidar com as diferenças e compreender as características individuais de cada um”, declara Verea.
Segundo a psicóloga Dorit Wallach, o relacionamento amoroso é um exercício de aceitação do parceiro como ele é. “Para que as brigas não sejam algo freqüente na vida do casal é preciso abandonar as certezas absolutas e aprender a ceder sempre que necessário”, ressalta Dorit.
“Se um casal briga muito está mostrando uma instabilidade emocional e afetiva. As discussões deixam de ser normais e passam a ser um hábito quando questões básicas como o respeito e a qualidade de vida são deixadas de lado”, explica a psicóloga.
“O fato de discutir por pequenas coisas pode ser indício de que o casal está brigando além da conta”, enfatiza Leonard Verea.
A consultora comercial Danielle Fermento Campos Corrêa, 24 anos, casada há quatro anos, afirma que durante os primeiros dois anos de seu namoro as brigas aconteciam a toda hora e por qualquer motivo. “Acho que existia imaturidade dos dois lados”, conta Danielle.
“A gente precisou se separar por um período de quatro meses para poder repensar nossa relação e ver que o ciúme sem motivo e a necessidade de brigar a todo instante só estavam nos causando sofrimento”, acrescenta Danielle.
Para a recepcionista Marjory Martins, 21 anos, que namora há 3 anos, as brigas em seu relacionamento não são freqüentes, mas ela consegue perceber quando estão saindo do normal no momento em que qualquer coisa vira motivo de discussão. “Quando você procura achar motivos para se desentender com seu namorado ou quando tudo o que o outro faz te irrita pode ser um sinal de que o casal está brigando muito”, diz Marjory.
15 sinais que podem indicar que vocês estão brigando muito:
1) Vocês discutem por pequenas coisas
2) Você dá desculpas para não ficar ao lado do parceiro
3) Você freqüentemente diz para as pessoas ao seu lado que perdeu o apetite ou que não conseguiu dormir porque brigou com seu parceiro
4) Você faz cara feia para tudo o que seu parceiro diz
5) A maioria das suas conversas com seu parceiro termina em choro ou gritos
6) Você implica com tudo o que ele diz
7) Você fica mal-humorada sempre que está com seu parceiro
8) Vocês não toleram a opinião um do outro
9) Vocês nem se lembram qual foi o motivo da briga
10) Vocês sempre se encontram ou se ligam porque precisam “ter uma conversa séria”
11) Os beijos, os carinhos e até mesmo a transa acontecem para que vocês façam as pazes
12) As pessoas que convivem com vocês nem se abalam mais ao verem vocês brigando do lado deles
13) Verbos como querer, exigir e cobrar são muito freqüentes nos diálogos que vocês têm
14) Vocês precisam se desculpar um com o outro com muita freqüência
15) Na maioria das vezes você se arrepende do que disse na hora do impulso

29 outubro, 2010

mulheres vão ter o seu Viagra?





A documentarista americana Liz Canner acha que não vão. Depois de pesquisar a sexualidade feminina, Liz não acredita que seja possível criar uma pílula que seja tão eficiente quanto o foi o Viagra para a vida sexual dos homens – e muitos médicos e cientistas têm a mesma opinião. No mês passado, o FDA (Food and Drugs Administration), órgão americano equivalente à Anvisa no Brasil, negou a aprovação da flibanserina, que tentava ser a primeira “pílula do orgasmo feminino” no mercado. A droga, criada pelo laboratório alemão Boehringer Ingelheim, não foi considerada eficiente o bastante no que se propunha: melhorar a vida sexual das mulheres.A corrida para encontrar o Viagra feminino – um mercado estimado em 2 bilhões de dólares – não terminou, mas, em seu documentário Orgasm Inc., relançado recentemente, Liz  mostra algumas das razões pelas quais ela será muito mais longa e cheia de percalços do que a que levou à descoberta da droga da ereção masculina. Nesta entrevista ao Mulher 7×7, ela fala sobre como estudar a busca da indústria farmacêutica pela “pílula do orgasmo” a ajudou a entender a sexualidade feminina e como ser mais feliz no sexo.
Por que você decidiu fazer um documentário sobre a “indústria do orgasmo”?
Liz Canner –
Nunca planejei fazer um documentário de denúncia sobre a indústria farmacêutica. Venho fazendo documentários há mais de dez anos sobre direitos humanos e estava extremamente cansada. Porque, quando você faz um documentário, assiste às mesmas cenas centenas de vezes. E eu estava começando a ficar deprimida com a condição humana, tendo pesadelos com o que havia filmado. Eram temas muito pesados, como genocídio. Então decidi fazer um documentário sobre a mulher e o prazer. Comecei fazendo uma pesquisa sobre o que a ciência sabia sobre o prazer feminino. E há uma história de tornar a sexualidade feminina em uma patologia, como a histeria, a ninfomania. É fascinante e interessante notar que, geralmente, há muitas razões políticas e poucos dados científicos por trás dessas visões. Do nada, uma empresa farmacêutica me chamou para editar vídeos eróticos para mulheres, que eles usariam em um estudo sobre a eficácia de um creme que indiziria o orgasmo. Aceitei o convite e foi então que fiquei sabendo da chamada “disfunção sexual feminina”. Não tinha visto esse termo em nenhum lugar na literatura científica. Nem tinha visto o número que eles estavam divulgando, de que 43% das mulheres sofriam dessa disfunção. Isso me deixou muito curiosa e comecei a fazer perguntas. Mas eles não tinham respostas para todas elas porque não há evidências científicas suficientes sobre o assunto.

Mas o que é a “disfunção sexual feminina”?
Para desenvolver um remédio é preciso uma doença. Então 19 médicos formaram um comitê que definiu o que é a “disfunção sexual feminina”. O problema é que esses 19 médicos tinham ligações com 22 empresas farmacêuticas. Basicamente, a doença foi definida por pessoas ligadas à indústria e foi definida de maneira muito ampla. O risco é que mulheres saudáveis acabem tomando remédios de que elas não precisam e que podem lhes trazer danos. Dado o potencial desse mercado, eles não economizarão dinheiro para convercer as mulheres de que elas estão doentes.
Você foi ouvida pelo FDA no painel que decidiu pela não-aprovação da droga. Sobre o que você falou?
Durante a sessão falei sobre as ações de marketing do novo medicamento, que são abusivas. Parte do problema é que essa droga não funciona muito bem, então, a empresa vai ter um trabalho muito maior para convencer as mulheres a consumi-la. As empresas estão gastando muito dinheiro em marketing não apenas para dizer que muitas mulheres com baixa libido têm disfunção sexual como para convencer que essa baixa de libido é resultado de um desequilíbrio de neurotransmissores. E não há evidências científicas suficientes de que esse seja o problema. Ser vítima de abuso sexual ou estar em uma situação de estresse pode estar por trás da falta de desejo. Basicamente, o FDA olhou para os dados e decidiu que a flibanserina não mostrou evidências suficientes de seu benefício. A melhora era muito próxima da obtida com uso de placebo e não havia dados sobre o aumento da libido – a pesquisa considerava apenas o número de relações sexuais satisfatórias. Além disso, a droga tinha entre os efeitos colaterais desmaios, tontura, depressão. O sentimento geral foi que o benefício não era superior aos riscos.

O que poderia acontecer se a flibanserina tivesse sido aprovada?
O risco é que a indústria farmacêutica consiga fazer as mulheres acreditarem que há algo errado com elas se as experiências sexuais delas não foram iguais às dos filmes. Se você as fizer acreditar que as mulheres precisam ter um orgasmo toda vez que transarem ou que têm que pensar em sexo o tempo todo, então, quase todo mundo, em algum ponto da vida, vai ter essa disfunção. Mas isso não é real.

Não podemos ignorar, porém, que há algumas mulheres que realmente sofrem uma disfunção sexual por problemas clínicos, como por exemplo depois de uma histerectomia ou ao tomar antidepressivos. Há também o vaginismo ou o estreitamento vaginal, que causam dor durante a relação. Há algumas condições médicas que realmente afetam o desempenho sexual, mas elas não são a maioria.
Ouvimos muito que muitas mulheres estão infelizes com suas vidas sexuais. Até que ponto isso é verdade?
É muito difícil avaliar isso, saber os números. Depende também das suas expectativas. Mas é fato que, nos Estados Unidos, não temos uma educação sexual muito boa. Somos uma sociedade esquizofrênica: ensinamos a abstinência e não falamos sobre o clitóris e sobre como 75% das mulheres precisam estimulá-lo para atingir um orgasmo. Nós não ensinamos o básico. Ao mesmo tempo, as crianças entram em contato com a pornografia aos 11 anos. Você tem expressões extremas de sexualidade e instituições repressoras. Isso torna as coisas muito confusas para as pessoas e facilita a percepção de que há algo errado com a vida sexual delas.

28 outubro, 2010

LIBIDO !



Libido: Quanto desejo sexual é normal?

A intensidade com a que se deseja manter relações sexuais (conhecida com o nome de “libido”) varia muito de uma pessoa pra outra, e inclusive muda também no mesmo indivíduo dependendo das circunstâncias. De fato, a maioria dos casais novos experimenta um período de “lua de mel” cheio de sexo, que logo vai decaindo com o tempo.



Entender as necessidades do outro é muito importante para resolver os temas de casal
A freqüência normal do coito (ou do desejo sexual) varia desde todos os dias até uma vez por ano, e inclusive nunca, dependendo das suas preferências. A menos que você esteja preocupado pelo seu desejo sexual, ou que esteja causando problemas com seu par, no há necessidade de buscar ajuda profissional.


Vamos conhecer um pouco sobre as diferentes fases da resposta sexual

  • Fase de excitação: A excitação sexual começa na mente, com pensamentos e desejos de ter sexo. Nos homens, o pênis começa a ficar ereto. Nas mulheres, a vagina se irriga de sangue, se dilata e começa a segregar lubrificante. Para ambos os sexos, a respiração se torna mais profunda, se eleva a pressão sanguínea e o ritmo cardíaco se acelera. 
  • Fase de meseta: A excitação aumenta. Nos homens, o pênis alcança sua máxima ereção. Nas mulheres, a entrada da vagina se estreita e o clitóris se retrai. 
  • Orgasmo: Para ambos os sexos, os músculos da parede pélvica começam a se contrair ritmicamente. O orgasmo masculino é acompanhado pela ejaculação. E, em alguns casos, as mulheres também experimentam o que se conhece como ejaculação feminina. 
  • Fase de resolução: Para ambos os sexos, se dissipa a tensão muscular, se desacelera o ritmo cardíaco e a respiração, e a pressão sanguínea diminui a seus valores normais.

O desejo sexual pode variar em resposta a fatores externos, como o stress. Além do mais, a libido pode diminuir com certas condições médicas e medicamentos. Igual que em todos os temas de casal, isto requer uma comunicação fluida. Em outras palavras, o bom sexo começa fora do quarto, procurando identificar qualquer disfunção sexual que possa existir.Existem variadas formas de expressar o desejo sexual. Muitas mulheres gostam de -por exemplo- de segurar a mão, abraçar e beijar seus pares. Estes sinais de afeto podem ser muito agradáveis. Outras mulheres querem diferentes tipos de estimulação sexual, que podem incluir masturbação, sexo oral e penetração. Quando ambos os membros do casal concordam respeito ao tipo de atividade sexual que desejam manter, geralmente há muito poucos conflitos. No entanto, quando uma pessoa deseja algo que não está dentro dos desejos de seu par, os problemas podem surgir. Algumas vezes uma pessoa tem sua libido mais alta e deseja manter relações sexuais com maior freqüência que seu par, o que gera stress na relação.


Os homens jovens, por exemplo, possuem um desejo sexual muito alto, a maioria devido a elevados níveis de testosterona que acontece durante a puberdade. Pensa-se que estes hormônios poderiam ser os geradores de tantas diferenças entre os homens e as mulheres, mas no que diz relação ao casal, geralmente são os problemas entre os amantes que diminuem o desejo sexual.A resposta sexual dos homens se incrementa com coisas como filmes pornográficos, ou olhar para mulheres que eles consideram atraentes. As mulheres, por outro lado, se excitam com palavras, emoções íntimas e sinais de afeto como os beijos e as caricias. Falando sobre estas diferenças, o casal pode discutir de una maneira cordial o que precisa cada um dos amantes. Ou simplesmente dizer ao seu par o que você precisa e o que te estimula. Esse já é um importante primeiro passo para solucionar os problemas sexuais.Muitos casais utilizam alimentos afrodisíacos para elevar sua libido e alcançar uma melhor vida sexual. Apesar de que existem numerosos produtos e medicamentos no mercado que asseguram resultados milagrosos, tenha muito cuidado com eles e não os consuma a menos que o seu médico tenha recomendado. Mas não há risco em experimentar – sem consulta prévia – com alimentos naturais e ver qual é o efeito dele sobre sua libido.

Há uma grande quantidade de situações que podem te levar a uma libido baixa ou diminuída. 
Sabe-se que o cérebro é o órgão sexual mais importante, o que sugere que as emoções jogam um papel importante nas nossas vidas sexuais. O stress (por problemas no trabalho, com o dinheiro, familiares doentes, problemas matrimoniais e outros temas) pode causar que a libido diminua dramaticamente. É difícil se sentir desejável e se excitar quando você está constantemente preocupado por como vai pagar as contas.Os homens e as mulheres respondem de forma diferente a stress. As mulheres usualmente notam sua libido baixa quando suas vidas são estressantes, mas alguns homens de fato aproveitam a atividade sexual como uma forma de reduzir o stress. Entender as necessidades do outro é muito importante para resolver os problemas de casal.


Falta de sexo pode envelhecer até 10 anos

 01-04-2009 

O estresse e a falta de atividade sexual podem causar um envelhecimento no aspecto da pele de até 10 anos, já que a idade cronológica de uma pessoa não é necessariamente a mesma idade que a de sua pele, segundo a diretora do Instituto Pond's, Esperanza Gaspar, onde foi lançada a campanha "A Idade da sua Pele", para informar sobre os meios de prevenir o envelhecimento prematuro.

- "A pele é um órgão importante do corpo que somatiza diferentes emoções, todas aquelas sensações que possam gerar vitalidade vão ser boas para sua pele, ou melhor dizendo, para a beleza", assegura a experiente, para quem a atividade sexual e o bom humor são fatores determinantes para uma pele saudável.

27 outubro, 2010

Proporcionando o Climax feminino



1. O ponto U, até então inexplorado.
A uretra – por onde sai a urina – é um ponto de prazer para muitas mulheres (fica entre o clitóris e a entrada da vagina, área supersensível). Pressioná-la ou massageá-la com os dedos ou a língua, abusando de movimentos circulares ou de cima para baixo.









2. Dois gatilhos poderosos: ponto G e zona AFE.
Para dar um descanso ao clitóris, procure o orgasmo estimulando o ponto G (aquela parte da vagina do tamanho de uma moedinha situada acima do osso púbico) ou a zona AFE (sigla do inglês "anterior fornix erotic", traduzindo, entrada erótica anterior), que fica na mesma parede vaginal, só que perto do colo do útero. Enquanto o G é um ponto bem preciso, a AFE é uma zona esponjosa maior e menos definida. Tem, porém, a vantagem de responder a estímulos suaves; O G só reage a contatos firmes. São fatos importantes para seu amado saber, antes de explorar com os dedos essas fontes de prazer. Para chegar ao orgasmo dessa forma, a posição ideal é a penetração num ângulo de 90 graus, com o homem de pé ou ajoelhado.


3. A magia dos seios.
O estímulo dos seios é a segunda forma mais comum de uma mulher chegar ao clímax. Não resta dúvida de que uma sessão de estímulos com a língua, os lábios e os dentes é de enlouquecer. E ao que parece esse tipo de orgasmo é mais freqüente do que se imagina: numa pesquisa com 500 mulheres, 29% garantiram já ter experimentado. Por isso, se até hoje os seios eram meros coadjuvantes na hora de fazer amor, dê a eles uma chance de desempenhar o papel principal.


4. Contatos imediatos com o clitóris.
É fato: a maioria das mulheres precisam de estímulo nesse “botão mágico” para ter prazer. Quando as mãos são usadas, movimentos circulares e para a frente e para trás fazem maravilhas. Uma técnica muito eficiente é a “borboleta de Vênus”: enquanto uma das mãos acaricia o bumbum e o ânus (mas sem penetração), o anular e o médio da outra mão estimulam o clitóris para cima e para baixo – a idéia é que o movimento seja rápido e suave como o bater das asas de uma borboleta. Outra técnica de sucesso: o homem separa os lábios vaginais e massageia o clitóris com um ou dois dedos, em movimentos circulares ou laterais. Embora mãos competentes sejam uma glória, dificilmente superam a língua em destreza. O sexo oral deixa a maioria das mulheres louca, não só pelas sensações que desperta como por ser um ato de intimidade absoluta. O que se espera que um bom amante faça com a boca lá embaixo? Use toda a língua, não apenas a ponta, pois cada parte proporciona uma sensação diferente ao toque. Uma das técnicas mais enlouquecedoras é “escrever” todo o alfabeto com a língua. (Já imaginou então redigir uma carta de amor inteirinha?) Outra: dar leves batidas com a ponta (mas sem exagerar). E há uma terceira, que chamaremos de SNRD (sente-se no rosto dele) – o nome dispensa explicações, é ou não é? Estimular o clitóris com vibradores é mais uma variação bem-vinda.


5. Em busca do ápice vaginal.
As sensações produzidas por um orgasmo clitoriano são diferentes das experimentadas no vaginal. Algumas posições favorecem o prazer vaginal. As mais recomendadas são a mulher por cima. O homem por cima também é favorável porque a penetração profunda e a força que o corpo dele exerce desencadeiam sensações prazerosas em toda a vagina.
Em pé, de lado, sentados, de joelhos, por trás… são posições que também levam a esse tipo de orgasmo – mas saiba já: ele nunca será o mais comum, nem o mais fácil, nem o mais intenso.


6. O encanto do mais proibido dos carinhos.
O corpo é seu, você decide o que fazer com ele. Mas na lista de possíveis fontes de prazer não pode faltar o ânus, com suas terminações nervosas altamente excitáveis. Ele pode ser estimulado com os dedos, a boca, o pênis ou brinquedos eróticos como vibradores e bolinhas. Apenas, antes de se aventurar, tome o cuidado de usar um bom lubrificante para dilatar o esfíncter. A fantasia é capaz de tudo? Sim. O cérebro é o mais importante órgão sexual, de modo que para algumas mulheres é possível chegar ao gozo sem nenhum estímulo, apenas com o poder das palavras, das imagens e das lembranças. Em 1992, cientistas provaram que existem garotas capazes de ter o que chamaram de “orgasmo fantasioso”, com as mesmas reações do mais satisfatório orgasmo físico (desde o aumento do ritmo cardíaco e da pressão sanguínea até a dilatação das pupilas e os tremores). Então, o que você está esperando para colocar a imaginação para funcionar e conseguir um desses clímax mágicos?
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26 outubro, 2010

Orgasmos pelo mundo

Por Dana Hudephol*
Se você faz muito barulho enquanto transa na Suíça, os vizinhos chamam a polícia. Em Gana, fazer sexo no meio do mato é proibido: perturba o meio ambiente. As paquistanesas se excitam quando os homens usam sapatos sem meias; na Malásia, a jaca é um poderoso afrodisíaco.

Aqui, segredos e curiosidades do sexo pelo mundo.




Dia internacional do orgasmo

Os organizadores de uma feira erótica na NOVA ZELÂNDIA transformaram o dia 8 de agosto no Dia Internacional do Orgasmo. Três anos atrás, eles comemoraram a data distribuindo mil vibradores nas ruas de Auckland. Em 2004, dezenas de mulheres tiraram a blusa e participaram de um desfile chamado "Peitos sobre Motos" . A idéia era celebrar a beleza das formas femininas. Para brindar, foram distribuídos 10 mil frascos de lubrificante.

Leve sua camisinha

Na CHINA, 70% dos adultos sexualmente ativos declararam que topariam fazer sexo com um novo parceiro mesmo que ele se recusasse a usar camisinha -e 59% dizem já ter feito. Nesse quesito, as francesas são as mais cautelosas: só 9% transariam sem proteção com um novo amante, segundo a Pesquisa Global de Sexo 2003 da Durex, uma empresa britânica que fabrica preservativos**. Na TAILÂNDIA, onde os homens dizem ter em média 30,2 parceiras antes do casamento, a média declarada das mulheres não passa de 0,03. Os moradores da REPÚBLICA TCHECA são os que correm mais riscos: 65% admitem fazer sexo sem proteção com um novo parceiro. É quase o dobro do percentual de americanos que admitem a experiência.

Posições geográficas

Cada pessoa tem a sua posição preferida, e o mesmo acontece com os países. No VIETNÃ, 94% preferem o homem por cima. Já na POLINÉSIA FRANCESA, os homens acham que o papai-e-mamãe é desconfortável para as mulheres, que arcam com todo o peso. Gostam mais da posição "oceânica": mulher deitada de costas, homem ajoelhado entre as pernas dela. Italianos curtem a mulher por cima, e os franceses preferem a posição de quatro.

Como uma virgem?

Os ginecologistas da ilha de CHIPRE fazem de duas a três operações de reconstituição do hímen por semana: a idéia das não-virgens é competir por um marido em pé de igualdade com as virgens.

A virgindade é tão valorizada na CORÉIA DO SUL que uma mulher de 40 anos chegou a processar um centro médico por ter perdido o hímen durante um exame Papanicolau. O hospital foi condenado a indenizá-la, já que a perda do símbolo da virgindade provocou grande angústia.

Uma mãozinha para o orgasmo

A venda de Viagra no IRAQUE duplicou nos últimos dois anos e meio. Mas, de acordo com o jornal "Los Angeles Times", alguns iraquianos preferem pedir ao farmacêutico "a pílula azul", pois ficam constrangidos em dizer o nome do remédio.

No JAPÃO antigo, os vibradores eram feitos de madeira ou pedra. Reproduzir o formato do pênis era tabu, por isso os brinquedos assumiam as formas de guerreiros samurais ou gueixas. Alguns fabricantes mantêm viva a tradição, decorando os vibradores com rostos. Outros preferem formatos neutros.

Os moradores da ISLÂNDIA são os que mais usam brinquedos sexuais no mundo: 55% adotam a prática. No REINO UNIDO já é possível comprar acessórios sexuais em uma loja de departamentos, a Debenhams.

Nenhum outro país produz mais filmes e programas de sexo do que a ALEMANHA. Cerca de 600 novos filmes eróticos chegam ao mercado alemão todo mês e mais de 78 milhões de vídeos pornôs são alugados a cada ano. Filmes de sexo ganharam uma nova utilidade na CHINA. Preocupados com uma fêmea panda de quatro anos nascida em cativeiro e que não sabia nada sobre sexo, veterinários exibiram vídeos de acasalamento para ela -que ficou grávida pouco depois.

O paraíso é das gordinhas

Homens que usam sapatos sem meias deixam as PAQUISTANESAS excitadas. Na MALÁSIA, por causa do cheiro forte, muitos hotéis não servem jaca -fruta que as mulheres nativas julgam superafrodisíaca. No EGITO, a beleza ideal é gordinha: chamar uma mulher de "magrinha" é insulto, e não há registro de casos de anorexia.

ONDE SE FAZ MAIS SEXO? (por mês)

HUNGRIA 12,8 VEZES

BULGÁRIA 12,7 VEZES
RÚSSIA 12,6 vezes

ONDE SE FAZ MENOS SEXO? (por mês)


CINGAPURA 8 vezes

MALÁSIA 8,4 vezes
SUÉCIA 8,6 vezes

O sexo e os bebês

Em nenhum outro lugar do planeta os filhos são tão desejados quanto em ISRAEL, país que tem um grande número de clínicas de fertilidade. Segundo Robert Francoeur, editor do "The Complete International Encyclopedia of Sexuality", em alguns casos o sexo é totalmente substituído pela inseminação artificial. Ele cita um casal que teve dois filhos com tratamentos de fertilidade e voltou para tentar um terceiro. Conversando, o médico descobriu que eles jamais tinham feito sexo.

A maioria dos ITALIANOS não deixa a casa dos pais antes do casamento. Então, é comum uma mulher começar a namorar um homem na faixa dos 30, ou até mesmo 40, e descobrir que ele ainda vive orgulhosamente ao lado de papai e mamãe. Pesquisas indicam que 68% dos italianos solteiros com mais de 35 ainda vivem com os pais. Nesse caso, é um alívio saber que muitos desses pais permitem que a namorada passe a noite em casa.

Nos trens do JAPÃO é comum ver homens de todas as idades folheando revistas de histórias em quadrinhos com altas doses de sexo explícito. Alguns sites e sex shops japoneses adotam uma prática pra lá de duvidosa: permitem que meninas adolescentes vendam suas lingeries para os clientes. Há quem pague até 10 mil ienes (cerca de US$ 91) por uma peça. A onda está na mira das autoridades. O dono de uma loja foi preso por envolver nesse tipo de comércio mais de 1.800 garotas.

Um evento interessante acontece em PAMPLONA (ESPANHA), no mês de julho, pouco antes da famosa corrida de touros: a Corrida dos Pelados, organizada pela Peta (People for Ethical Treatment of Animals, que defende o tratamento ético dos animais). Os ativistas querem chamar a atenção para o seu recado: não é preciso ser cruel com os animais para atrair turistas. Um outro evento inusitado acontece na ÁUSTRIA, no mês de julho: o World Bodypainting Festival, que conta com a participação de artistas de 36 países.

Gritos e sussurros

Em algumas regiões da SUÍÇA, os amantes tomam muito cuidado para não exagerar nos gemidos durante o sexo. Eles sabem que, se fizerem muito barulho depois das dez da noite, é bem possível que os vizinhos chamem a polícia. Recentemente, ao prestar queixa, uma mulher alegou que ouvir sexo barulhento toda noite provocava nela dores de cabeça, cólicas e azia.

Metade das australianas e das neozelandesas já fingiram um orgasmo. O mesmo é verdade para 44% das americanas. Uma rede inglesa de sex shops decidiu reagir à falsidade com a proclamação de um Dia Nacional do Orgasmo (31 de julho) e o slogan "Make It, Don't Fake It" ("Não Finja, Faça").

Na CHINA, onde 40% das mulheres consideram o sexo sujo, só 12% sentem necessidade de representar para o parceiro.

Sexo casual

- Quem tem mais chance de conseguir uma boa transa de uma noite só? Os moradores da ISLÂNDIA (71% já chegaram lá) e da NORUEGA (70%).

- Quem tem menos chance de conseguir? Habitantes de HONG KONG (onde só 20% admitem a experiência).

Onde elas não têm prazer

"Em muitas culturas, o orgasmo feminino é desconhecido, e esse tipo de prazer não faz parte da experiência da maioria das mulheres", diz Robert Francoeur, editor de uma enciclopédia internacional de sexualidade. Em certas regiões da ÁFRICA, a mulher é obrigada a uma torturante preparação antes do sexo: secar a vagina inserindo nela pedaços de jornal e pimenta, sal ou urina de macaco. Com isso, o tecido vaginal fica inchado e quente -a intenção é dar mais prazer ao homem durante a penetração. Para a mulher, o costume transforma sexo em dor; para ambos, aumenta o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis, incluindo a aids.

Sem fronteiras

A boa notícia: não importa onde você viva, pesquisas confirmam que sexo reduz o risco de câncer de mama, resfriado, cardiopatia, insônia, cólicas menstruais e envelhecimento precoce.

No primeiro encontro?

Cerca de 40% dos adultos sexualmente ativos na RÚSSIA dizem que fariam sexo no primeiro encontro. A maioria dos AMERICANOS prefere esperar pelo menos um mês. No VIETNÃ, a tendência é mais conservadora: mais da metade espera a noite do casamento para fazer sexo.

Prazeres na ponta da língua

Em países como a ÍNDIA, onde muitas linguagens diferentes são faladas, existem oito palavras diferentes para definir orgasmo. São termos com duplo sentido, que também significam "felicidade", "satisfação", "satisfação total", "acordo final", "prazer", "bênção", "intoxicação" e "coisa gostosa".

Um termo popular para masturbação na ISLÂNDIA é sjálfsflekkun, que equivale a "autoprofanação". A maioria dos moradores da TAILÂNDIA chama o prazer solitário de chak wow, que significa "empinar a pipa" -um passatempo popular no país. Em certas regiões de UGANDA não existem palavras para orgasmo feminino, clitóris ou qualquer coisa relacionada à sexualidade feminina. A idéia de que as mulheres possam se masturbar e ter prazer é considerada tão absurda que não existe um vocabulário para isso.


Qual a profissão mais sexy?

Comissária de bordo: CROÁCIA, REPÚBLICA TCHECA

Massagista: POLÔNIA, ALEMANHA

Soldado: SUÉCIA, FINLÂNDIA

Médico/enfermeira: DINAMARCA, ITÁLIA, ESLOVÁQUIA, ÁUSTRIA

Ator, atriz: ÍNDIA

Modelo: CHINA, TAIWAN, VIETNÃ

Bombeiro: EUA, CANADÁ, AUSTRÁLIA, INGLATERRA

*Todos os países concordam: advogados têm a profissão menos sexy do mundo
ISSO É QUE É RAPIDINHA! NA COSTA RICA, 70% DOS HOMENS TÊM EJACULAÇÃO PRECOCE. O SEXO NUNCA PASSA DE TRÊS MINUTOS

Brasil na cama

No estudo da Durex, os brasileiros são apontados como a nacionalidade mais sexy do mundo. Mas a realidade mostra que ser sensual nem sempre significa ser bem resolvido sexualmente.

Uma em cada quatro mulheres brasileiras (26%) não tem orgasmo, segundo uma pesquisa do Projeto Sexualidade*, da Universidade de São Paulo, que ouviu 7 mil homens e mulheres de diversas classes sociais. Entre as maduras, o problema em geral está ligado à falta de desejo e a disfunções físicas. As mais jovens sofrem com a inexperiência dos parceiros ou delas mesmas. O estudo revelou que 31% nunca haviam se masturbado, o que faz toda a diferença na vida sexual feminina. "As mulheres que têm intimidade com seu corpo chegam ao orgasmo com mais facilidade", diz a médica Carmita Abdo, coordenadora do projeto. Entre os homens, 48% têm disfunções como impotência, dificuldade de ereção ou ejaculação precoce. A preocupação com a performance é uma das causas.

Em matéria de práticas sexuais, as posições preferidas, para homens e mulheres, ainda são as três mais tradicionais: papai-e-mamãe, mulher de quatro ou mulher por cima. O curioso é que, mesmo enfrentando problemas, a maioria classifica a sua vida sexual como boa (57%) ou excelente (25%). A avaliação, diz Carmita Abdo, tem mais a ver com quantidade do que com qualidade. O brasileiro tem de duas a três relações por semana, enquanto a média nos EUA e na Europa é de seis por mês.

* O Projeto Sexualidade da USP responde a dúvidas sexuais gratuitamente pelo telefone 0800-701-0136

Por aqui, todo cuidado é pouco

De cada cinco adultos sexualmente ativos na ÁUSTRIA, um admite que já fez sexo com o parceiro do melhor amigo(a). O número é bem menor em Cingapura: só um em cada 15 cometeram a traição.

Os americanos estão entre os mais honestos do mundo na hora de falar sobre doenças sexualmente transmissíveis -85% contam aos parceiros se foram infectados com alguma DST. O mesmo é verdade para 90% dos húngaros. No outro extremo estão Malásia e Taiwan, onde 90% não dão essas informações aos parceiros.

No MARROCOS e no JAPÃO, é bastante comum a prática masculina de buscar estimulação sexual esfregando-se numa parceira "involuntária". Em geral, a agressão acontece na hora do rush, num vagão de trem ou metrô superlotado. Os japoneses têm até uma palavra específica para esses tipos: chikan.


Quem tem mais orgasmos?

Na ALEMANHA, 99% das mulheres sexualmente ativas dizem que já alcançaram o orgasmo. Não chega a ser uma surpresa: ao desembarcar no aeroporto de Frankfurt, você já tem à disposição três sex shops diferentes. Em compensação, as mulheres do LESTE e do SUDESTE DA ÁSIA, do ORIENTE MÉDIO e da ÁFRICA são as que têm menos probabilidade de alcançar o prazer, de acordo com a pesquisa mundial sobre sexo da Durex. Nos países africanos em que a circuncisão feminina (retirada do clitóris) é comum, alguns grupos de mulheres estão aprendendo a estimular o ponto G na tentativa de experimentar um orgasmo pela primeira vez na vida.
TABU MUITO LOUCO

Fazer sexo entre arbustos é considerado tabu na GANA RURAL. Eles consideram que não se pode transformar o sexo, um ato sagrado, em algo que perturba o meio ambiente. Se a regra é descumprida, o caso é tratado como estupro.
QUAL É A NACIONALIDADE MAIS SEXY? BRASILEIRA 10% AMERICANA 9% FRANCESA 8%

*Da Marie Claire EUA/Tradução: Marisa Adán Gil
**A Pesquisa Global de Sexo 2003 foi realizada pela Durex, empresa britânica de camisinhas, que entrevistou online mais de 150 mil pessoas de 34 países. Os dados estão disponíveis no site www.durex.com

25 outubro, 2010

35% das mulheres brasileiras nunca tiveram orgasmo

35% das mulheres brasileiras nunca tiveram orgasmo






Nunca se falou tanto de sexo. Jamais ele foi considerado tão importante. O dinheiro que se gasta com isso não para de crescer. E nunca se faz tanto sexo como agora. Boa parte das mulheres, porém, parece não aproveitar a festa como poderia. Dados da mais ampla pesquisa feita sobre sexo já realizada no país — o estudo Mosaico Brasil —, em 2008, mostram que 35% das mulheres adultas sofrem de algum tipo de disfunção sexual. Os estudiosos no assunto revelam que, a cada 100 mulheres, 35 nunca atingiram o orgasmo e uma em 10 tem problemas de desejo sexual. Na vida de cada uma, isso torna-se um problema que atrapalha não só a relação conjugal, mas também a saúde mental e física.


Segundo especialistas, as causas das disfunções sexuais femininas podem ser tanto orgânicas — como doenças e uso de drogas — quanto psicológicas. É consenso nos consultórios, contudo, que grande parte dos problemas sexuais são provocados justamente por razões emocionais. “Isso envolve as várias nuances do relacionamento a dois e a construção da sexualidade individual”, diz o psicólogo e sexólogo Paulo Bonança. São traumas, culpas e até desentendimentos com o parceiro que acabam agravando o quadro de disfunção sexual.


Entre os fatores orgânicos, há elementos como a fisiologia da mulher — má formação congênita, questões hormonais e até doenças como o diabetes, a hipertensão e a depressão — e o uso de remédios. Já os fatores emocionais passam pelo âmbito cultural, influenciado pela sociedade — com seus valores e preconceitos —, pela herança herdada dos pais e até mesmo pela religião.


Gérson Lopes, ginecologista e presidente da Comissão de Sexologia da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), destaca que, primeiro, é necessário a mulher conhecer e entender o seu corpo e, principalmente, não ignorar os problemas que surgem. Ou seja, a mulher deve procurar um médico quando aparecer qualquer tipo de problema que a incomode em relação ao sexo. “Esses problemas são muito mais comuns do que se imagina. O melhor de tudo é que eles têm tratamento. Se forem orgânicos e fisiológicos, o ginecologista resolve. Se for na esfera emocional, o sexólogo trata rápido, dependendo dos fatores causadores. Se não for tratado, a mulher pode entrar em depressão”, esclarece Lopes.


Libido
As duas maiores queixas que o ginecologista recebe em seu consultório são a falta de desejo sexual e a falta de excitação, ou ausência de prazer. “Isso afeta, principalmente, mulheres a partir dos 40 anos, que começam a ter a libido reduzida(1) por conta do início do climatério”, esclarece. O médico explica que essa ausência se dá de duas formas: quando a mulher tem desejo, mas não sente prazer, o que, possivelmente, está associado a fatores emocionais; e quando ela consegue ter prazer, mas não há lubrificação vaginal adequada, o que faz com que a relação sexual se torne dolorida. Essa segunda situação, de acordo com Lopes, na maioria da vezes, está relacionada à deficiência na produção do hormônio estrogênio.


Mesmo sabendo das consequências decorrentes da menopausa, a comerciante Maria*, 50 anos, se assustou quando começou a sentir dor no ato sexual. “Ficava me perguntando o que havia de errado, pois eu sentia desejo, mas o sexo me machucava. Procurei o médico e ele me disse que minha lubrificação vaginal havia diminuído e que iria diminuir mais com a idade — na época, tinha 42 anos. Ele me passou alguns remédios, para acertar meus hormônios, e me receitou lubrificantes. A partir daí, retomei minha vida sexual e não tive mais dores”, relata a comerciante.


Contudo, uma disfunção chama a atenção dos especialistas: a falta de orgasmo. Esse problema, segundo Lopes, atinge mulheres jovens de 20 anos a 30 anos e, possivelmente, é causado pela “ditadura” do orgasmo e pela ansiedade do desempenho sexual. Paulo Bonança acrescenta que a pressão sobre a mulher para que ela se enquadre nos padrões de beleza e para que ela corresponda à imagem da “mulher dos sonhos” — a mais bonita, a melhor de cama, a que está sempre com vontade e tem prazer o tempo todo. “Se espera que as pessoas sigam os padrões de comportamento. Isso é negar o que ela sente de verdade. Esses aspectos são externos e não representam o que a pessoa sente e quer”, diz o sexólogo.


Longe das nuvens
A publicitária Mônica*, 36 anos, afirma nunca ter tido um orgasmo. “Adoro sexo, sinto prazer, mas nunca fui até ‘as nuvens’, como minhas amigas dizem sentir-se quando têm orgasmo”, brinca. A publicitária alega que o fato de ter sido gorda na adolescência reflete-se hoje. “Sempre acho que o meu parceiro não vai me achar gostosa e isso me atrapalha, porque fico prestando atenção se ele está observando alguma coisa no meu corpo”, conta. Mônica revela que a obrigação que ela sente de estar sempre bonita para o prazer do outro a incomoda. “Não é todo dia que estamos bem, mas me sinto na obrigação de estar.”


O que a publicitária vive é a realidade de muitas mulheres. Bonança ressalta, porém, que o sexo não é algo pensado, mas sim sentido. Segundo ele, quando uma pessoa faz sexo se observando, ela está fora do ato, não está em contato com o prazer. Por outro lado, fingir que não está acontecendo nada e não conversar sobre o problema só agrava o quadro. “É a fantasia de que, se não se tocar no assunto, não se vai passar pela angústia e ansiedade. Essa própria disfunção é um sintoma de que a pessoa encobre algo”, analisa o sexólogo. “O ideal é que a pessoa busque ajuda. Uma terapia específica com sessões no consultório e com possíveis tarefas de casa — atividades de autoconhecimento.” Bonança insiste, contudo, que a mulher deve conversar com o parceiro. “O companheiro pode até pensar que não há nenhum problema, mas sente que algo está errado. O corpo fala.”


Nomes fictícios a pedido das entrevistadas


1 - Estrogênio em queda
A menopausa é um dos fatores que podem desencadear uma redução da libido. Quando começa, na meia-idade, o corpo diminui a produção do estrogênio — que inicia na adolescência, quando é responsável pelo aparecimento dos sinais sexuais secundários na mulher. A diminuição desse hormônio é a causa da falta de lubrificação vaginal, que acaba por afetar as relações sexuais, ao tranformá-las em algo desagradável e doloroso. O tratamento é feito com a reposição hormonal indicada por um ginecologista.
O número
10%
Índice de mulheres no Brasil que sofrem com a falta de desejo sexual, segundo a pesquisa Mosaico Brasil
Do Correiobraziliense.com.br

24 outubro, 2010

Os desafios do prazer

Sexo
Os desafios do prazer
A frustração na cama ainda é uma
realidade para muitas mulheres,
mas a boa notícia é que especialistas
garantem que 80% dos casos têm solução

Adriana Lins


Ilustração Negreiros
Os terapeutas sexuais pensavam já ter escutado de tudo em termos de reclamação. A de que a ansiedade por um bom desempenho atrapalha e muitas vezes impede a relação sexual é uma das mais recorrentes. Mas essa queixa sempre partiu dos homens. Dos consultórios médicos vem a informação de que a pressão por ser "bom de cama" se tornou também uma séria preocupação das mulheres. Os médicos contam que a crescente expectativa para que as mulheres sejam tão experientes quanto os homens está levando muitas pacientes à frustração. Elas se acham incapazes de oferecer uma transa fantástica e acabam por não aproveitar o momento ou mesmo por evitá-lo. "A ditadura do orgasmo é uma das maiores violências que a mulher sofre atualmente. O que foi uma conquista feminina passou a ser uma obsessão, que pode até levar a casos graves de depressão. O orgasmo é algo espontâneo e não pode ser atingido debaixo de tanta pressão", diz Gerson Lopes, presidente da Comissão de Sexologia da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). A chamada síndrome da ansiedade de desempenho é mais uma das muitas causas para a anorgasmia – a dificuldade para ter orgasmo ou a falta dele –, problema que afeta um terço das brasileiras. Estima-se que as causas biológicas, como depressão, doenças cardiovasculares, hipertensão e deficiência hormonal, não cheguem a 10% dos casos.
Apesar de todo o esforço mundo afora, o orgasmo feminino continua a ser um mistério para a ciência. Ao que tudo indica, na maioria dos casos, a origem do problema é psicológica ou cultural – o que se torna algo mais fácil de ser controlado. De acordo com a pesquisa Descobrimento Sexual do Brasil, o maior estudo já feito sobre o assunto no país, a ausência de orgasmo nas relações sexuais cresce entre as jovens de 18 a 25 anos, cai entre as mulheres de 26 a 40 e reduz-se ainda mais entre as de 41 e 50 anos. E volta a subir entre as que têm mais de 61 anos. "Essas estatísticas mostram que o orgasmo está profundamente ligado à experiência, ao autoconhecimento, já que as mulheres menos experientes são as que apresentam maior índice de falta de orgasmo. O número só volta a crescer na melhor idade, quando os níveis de hormônio feminino estão em queda", explica a sexóloga Carmita Abdo, do Hospital das Clínicas da USP, coordenadora do estudo. "É uma prova de que é possível superar o problema", afirma. Para a maioria dos especialistas, as causas psicológicas são os fatores determinantes para a dificuldade do orgasmo feminino. "É mais uma questão psicoemocional, com forte intervenção cultural", diz Maria Helena Vilela, diretora do Instituto Kaplan, Centro de Estudos da Sexualidade Humana, em São Paulo. Parte da responsabilidade pode ser atribuída à educação sexual, ou à falta dela.
Que as causas remontem à infância ou à ansiedade por "ter de ser o máximo", para todos os motivos – ou quase – há remédio. Segundo o ginecologista Gerson Lopes, a anorgasmia pode ser contornada em cerca de 80% dos casos. A terapia em grupo é um dos tratamentos mais eficazes. Com um detalhe interessante: os grupos apresentam resultado melhor se tiverem a presença conjunta de mulheres e homens. Falar abertamente sobre os desejos, sobre como e quanto gosta de ser tocada é fundamental. Parece lugar-comum, mas esse é um dos maiores tabus das mulheres, mesmo depois de anos de uma relação estável. "Até agora, esse foi o método que mostrou resultados mais satisfatórios para a disfunção sexual. São sessões feitas entre dezesseis e vinte semanas, e o método resulta em 75% de diminuição dos sintomas da anorgasmia", afima Carmita Abdo.
Outro método que tem se mostrado eficaz é a adoção para as mulheres do androgênio, um hormônio masculino ao qual se atribui aumento da libido e maior facilidade para ter orgasmo. De acordo com César Eduardo Fernandes, da Sociedade Brasileira do Climatério, o androgênio estimula a criação de fantasias sexuais e aumenta a excitação e a lubrificação, o que acaba por encurtar o caminho para o orgasmo. "Em pesquisas, as mulheres que tomaram o hormônio relataram melhora no desempenho sexual de cerca de 50% em relação às que tomaram placebo", conta. Tratamentos existem. Mas é preciso saber à porta de quem bater. Muita bobagem já foi dita e inventada. A mais pitoresca foi o Orgasmatron, aparelho com eletrodos que eram colocados na medula da paciente e ligados a um controle que emitia estímulos elétricos até a mulher chegar ao orgasmo. Foi reprovado pela FDA (órgão regulador de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos) e pela falta de voluntárias para testá-lo.


"Ai, faz assim ó"
A dificuldade de atingir o prazer tem, na maioria das vezes, origem psicológica. Confira quais os principais obstáculos da mulher para se soltar na cama
Deseducação sexual
Uma educação repressora fixa a idéia de que descobrir seus órgãos sexuais é errado
Repressão religiosa
A religião, quando incute na mulher a culpa pelo prazer, pode gerar um sentimento negativo sobre o ato sexual
Falta de diálogo com o parceiro
Quando a vergonha impede a conversa, fica difícil saber o que cada um gosta e o que eventualmente falta na relação
Resistência da mulher em ser seduzida
Às vezes a mulher quer se mostrar tão independente e dona do próprio nariz que não baixa a guarda nunca e não se deixa seduzir
Ditadura do orgasmo
A discrepância entre a sensação de que se deve – ou mesmo que se pode facilmente – ter orgasmos cinematográficos em toda relação sexual e a realidade leva à frustração e à intimidação
Dificuldade de fantasiar
A fantasia é essencial. Além de reacender a relação a cada transa, auxilia no autoconhecimento do corpo e na quebra de tabus
Conformismo
Muitas mulheres nem ao menos tentam se informar sobre possíveis tratamentos e se acostumam com a falta do orgasmo em sua vida
Traumas
Traumas da infância e da adolescência – como abusos e educação repressora – podem gerar ódio inconsciente dos homens
Ansiedade e stress
Essas duas "doenças da modernidade" podem ser inimigas do prazer. Atrapalham o orgasmo por uma questão psicoemocional e também por fatores biológicos, como o maior fluxo de adrenalina no organismo, o que dificulta a lubrificação vaginal e o relaxamento
Fatores biológicos
Diabetes, hipertensão e depressão dificultam o orgasmo pelas limitações que provocam e também por causa de eventuais efeitos colaterais dos remédios ingeridos pela paciente

23 outubro, 2010

Mulheres inteligentes têm mais orgasmos

Os pesquisadores na Inglaterra, conhecidos mundialmente no Brasil por seus estudos polêmicos, este mês publicaram mais um. Mulheres com quociente emocional (QE) alto têm mais orgasmos. Não pare de ler, explicarei.

Andrea Burri  e Tim Spector, cientistas da tradicional universidade londrina King’s College, pediram para que 2.035 gêmeas, com idade entre 18 e 83 anos, respondessem um questionário sobre seu comportamento sexual e desempenho na cama. Misturadinho, havia perguntas para testar o QE das moçoilas.
Segundo os pesquadores em questão, mais de 30% das mulheres sofrem com o Transtorno do Orgasmo Feminino. Um nome bonito para resumir que elas não conseguem ou acham difícil atingir o clímax durante o sexo.
Daí… rá. Burri e Spector queriam saber o quanto a capacidade de lidar com as próprias emoções e a dos outros – isto é o chamado quociente emocional – está associada à frequência de orgasmos durante o sexo e a masturbação.
Conclusão: as entrevistadas com maior QE têm mais orgasmos. Independente da escolaridade, idade, gordurinha a mais, menopausa ou se as entrevistadas sofreram abuso sexual. A prazerosa pesquisa foi publicada na revista científica “The Journal of Sexual Medicine”veja aqui o resumo dela, em inglês.


Hmm… não entendi. Repete?
Os cientistas acreditam que essas mulheres usam sua inteligência emocional para dizer o que gostam e suas expectativas ao ficante, namorado (a), marido (a), namorido (a), carinha da balada ou qualquer que seja o sortudo (a) da vez. Ou se sentem livres para serem felizes sozinhas, se é que me entende.
O resultado até parece óbvio, mas conhecemos exceções. Pontualmente “g” falando, confira quais são:
  1. mulheres com indiscutivelmente péssimo QE, mas sortudas entre quatro paredes;
  2. as extrovertidas, felizes e contentes populares, só que fechadas com relação ao sexo;
  3. as famosas mocinhas “mineirinhas”, tímidas socialmente e um arraso juntamente.
Monique Evans disse que teve orgasmo depois da maturidade. Vera Fisher não faz sexo há dois anos. Suzana Vieira, para muitos, é realizada entre quatro paredes. Será que o estudo não se enquadra ao nosso heterogêneo país? Me responda você, mulher gente como a gente.
De qualquer maneira, é melhor se garantir. Não basta ter QI, tem que investir no QE. Coloque em prática nossa intrínseca habilidade feminina de falar pelos cotovelos para se expressar mais e, de preferência, claramente.  E, aí, foi bom para você?

22 outubro, 2010

Ausência de orgasmo na mulher



1. Causas

O orgasmo, do grego orgasmós, de orgân, ferver de ardor, é definido como o mais alto grau de excitação sexual e portanto o prazer físico mais intenso que um ser humano pode experimentar. Durante longos séculos a mulher foi privada desse prazer, já que o orgasmo feminino não está vinculado à procriação, não sendo, portanto, necessário. Só mais tarde o orgasmo feminino foi admitido, mas com muita cautela. E a mulher que atingia o gozo sem amor era tida como ninfomaníaca.


A impossibilidade total ou parcial de atingir o orgasmo denomina-se anorgasmia e é a mais freqüente das disfunções sexuais femininas. As estatísticas americanas apontam que há apenas 25% de mulheres orgásticas e 75% de mulheres que apresentam algum tipo de dificuldade em alcançar o orgasmo. No Brasil as pesquisas dão informações semelhantes.

Entretanto, todas as mulheres são capazes de ter orgasmo, a não ser que estejam sofrendo de alguma doença neurológica, endocrinológica ou ginecológica, que tenha destruído a base física do orgasmo, mas isso é muito raro. A maioria das causas é psicológica; entretanto é importante que se faça uma avaliação com um especialista em sexologia para obter a orientação adequada.

Dentre os fatores psicológicos que podem inibir o orgasmo, podemos relacionar os seguintes:

- Tabus e preconceitos quanto ao sexo fazem com que muitas mulheres fiquem tensas, não se sentindo livres para participar ativamente do ato sexual, descobrindo suas áreas mais sensíveis, as posições que lhe dão mais prazer e comunicando isso ao parceiro.
- Conflitos inconscientes evocados pelas sensações eróticas, sentimentos de culpa em relação à sexualidade, hostilidade inconsciente ao parceiro.
- O medo de se entregar às sensações pode fazer com que a mulher fique alerta, controlando tudo, mesmo sem perceber. A excitação, assim, só chega até certo ponto, não atingindo a fase de platô, que é o nível de excitação máximo necessário para desencadear o orgasmo.
- A preocupação excessiva em ter orgasmo gera ansiedade, impedindo o relaxamento necessário para desencadeá-lo.


Nos dias de hoje, as mulheres reivindicam o direito ao prazer sexual e se sentem frustradas se não atingem o orgasmo numa relação. Algumas, entretanto, tendem a negar a importância do orgasmo, esforçando-se para adaptar-se a essa disfunção, usufruindo apenas dos aspectos não orgásmicos da relação. Mas, ao serem repetidamente frustradas durante algum tempo, acabam ficando pouco a pouco desinteressadas de sexo.

"Em alguns casos, a compreensível angústia da mulher pela sua incapacidade de atingir orgasmo e a antecipação do fracasso, quando começa a fazer amor, podem ocasionar-lhe perturbação suficiente para dar origem a uma frigidez secundária ou ausência geral de resposta sexual, que não poderá ser completamente restaurada, a menos que ela aprenda a libertar o seu reflexo orgásmico inibido", afirma a sexóloga americana Helen Kaplan.



2. Ausência de orgasmo vaginal ou O que os homens têm a ver com isso?

Mas os homens não têm nada a ver com o orgasmo da mulher? Têm, e muito. Entre as mulheres que conseguem atingir o orgasmo, não o alcançam através da penetração do pênis na vagina. E isso não é difícil de explicar, na medida em que em 80 por cento das vezes, o homem penetra a mulher antes que ela esteja pronta.

A maioria deles ainda está presa ao mito da masculinidade e vai para o ato sexual para cumprir uma missão: provar que é macho. Mas o medo de falhar, de o pênis não se manter ereto, é grande. Aí ocorre o desencontro.

Para a mulher é fundamental que a fase do platô - que antecede a fase do orgasmo - se prolongue ao máximo para que seus órgãos genitais sejam irrigados com bastante sangue, proporcionando alto nível de excitação. O homem - por desconhecimento ou por ansiedade - quando seu pênis fica ereto parte para a penetração, supondo estar a mulher tão excitada quanto ele. Só que ela ainda não está suficientemente lubrificada e portanto não está pronta nem para a penetração nem para o orgasmo.

O exemplo a seguir, que me foi relatado por uma paciente no consultório, ilustra bem a ansiedade do homem na corresponder ao ideal masculino da cultura patriarcal de nunca falhar na cama:

Elza, uma mulher divorciada de 32 anos, namora Wagner há três anos. Por ele ser casado, encontram-se uma vez por semana quando vão a um motel. Há muito amor entre eles e uma grande atração física. Entretanto, uma atitude de Wagner a intriga:
- Não consigo entender. Vamos no carro de mãos dadas, no maior carinho. Quando ele estaciona dentro da garagem individual do motel e começamos a subir a escadinha que leva ao quarto, ele se transforma. Me agarra, arranca minha calça, às vezes até rasga, e me penetra ali mesmo na escada. Sempre levo um susto. É péssimo, não estou ainda excitada e é até doloroso. Mas, depois que ele goza, fica ótimo. A noite toda é maravilhosa. Transamos outras vezes com muita calma, tomamos vinho e conversamos muito. Aí, eu o reconheço.

Alguns homens precisam se afirmar como machos para depois se sentir transformados em homens e se dispor a participar com a mulher da troca recíproca de prazeres eróticos. Em outros casos, a mulher está bastante excitada mas mesmo assim não consegue ter orgasmo. Quando o homem penetra a mulher, parece haver uma certa pressa em ejacular logo.

Gaiarsa observa que desde o início da introdução do pênis na vagina, o ato vai se centrando num esforço cada vez mais espasmódico e convulsivo para livrar-se de, para expulsar (o esperma)". Se a freqüência do vaivém do pênis dentro da vagina é rápida, se a profundidade da penetração é grande, se o ritmo é o mesmo, se o vaivém tem a mesma trajetória (ida e volta sempre com a mesma forma) e se a atenção se concentra nos genitais, o homem em pouco tempo ejacula, mas a mulher dificilmente chega ao orgasmo.

Ao contrário, se o movimento depois da penetração for mais lento e circular, de forma a tocar toda a parede do canal vaginal e pressionar o ponto G, a mulher atingirá o orgasmo mais facilmente.

Sem dúvida, na relação a dois, a contribuição do homem é fundamental para o prazer da mulher. E isso é necessário porque nem a mais livre e sensual das mulheres terá orgasmo algum se não receber o estímulo apropriado.




3. Algumas constatações de Shere Hite


Shere Hite, através de sua pesquisa, constatou e publicou no livro O Relatório Hite - Um profundo estudo sobre a sexualidade feminina, que as mulheres que nunca gozaram sentem-se com freqüência deprimidas ou lesadas por saber que estão perdendo um grande prazer. Algumas dessas mulheres que gostariam de um dia ter essa experiência declararam:

"Faria meu amante feliz. Eu realmente nunca quero um orgasmo até o momento em que ele pensa em desistir. Os orgasmos são um grande mito para mim. Que é orgasmo?"

"Para mim, ter orgasmos é um alvo inatingível, convenientemente artificial. Acho que o orgasmo relaxaria as minhas tensões - especialmente as sexuais. Sinto que o orgasmo é uma realização. Sinto que é necessário que eu os tenha. Às vezes eu os simulo, ficando tão envolvida que quase chego a pensar que eles estão realmente acontecendo."
"Os orgasmos me escapam, por mais que eu tente e Deus sabe o quanto eu tentei. Curto chegar até onde chego, mas juro por Deus que, antes de morrer, vou gozar pelo menos uma vez, nem que seja aos 85 anos!"

"Eu não gosto mais de sexo realmente porque estou obcecada com a possibilidade de ter um orgasmo e desapontada pela milionésima vez por não conseguir."

"Ainda não consegui gozar, portanto, quando termino uma relação sexual, ela geralmente fica meio deteriorada. Fico muito excitada e me sinto muito bem quando meu parceiro goza, mas mesmo assim me sinto muito deprimida, mal-amada e com vontade de chorar - às vezes eu choro. É difícil descrever o quanto isso me faz sentir mal, ignorada e completamente só."

Hite e a maioria dos estudiosos da sexualidade afirmam que o melhor jeito de uma mulher aprender a gozar é através da masturbação. No seu Relatório, a porcentagem de mulheres que nunca gozaram é cinco vezes maior entre aquelas que nunca se masturbaram. "Naturalmente isso pode significar apenas que se elas se sentissem bastante livres para se tocar, também seriam livres o bastante para se masturbar, aprendendo assim o orgasmo. Se uma mulher nunca se masturbou porque sente aversão pela idéia e mesmo assim se recusa a tentar pelas mesmas razões, o 'tratamento' então seria fazê-la superar esses sentimentos."


4. Sexo é um aprendizado

As mulheres não são inerentemente menos orgásticas do que os homens. Na verdade, elas são fisicamente capazes de ter múltiplos orgasmos, e a maioria das mulheres que se masturba sempre alcança o orgasmo.

A prova é que mulheres - segundo pesquisa feita pelas autoras do livro Eu também quero, Márcia e Lisa Douglass - que praticam sexo com uma parceira do sexo feminino gozam 83 por cento das vezes. Isso deixa claro que o problema de ausência de orgasmo não é das mulheres e sim da maneira como homens e mulheres praticam o sexo.

O sexo é um aprendizado. Natural e espontâneo é, sem dúvida, para a procriação, mas não para o prazer. A antropóloga Margareth Mead , após estudar os hábitos sexuais das pessoas comuns em dezenas de sociedades, concluiu que a capacidade para o orgasmo é uma resposta aprendida, que uma determinada cultura pode ou não ajudar as mulheres a desenvolver.

Na Nova Guiné, os mondugumor, por exemplo, acreditam no orgasmo das mulheres, o que faz com que elas sejam tipicamente orgásmicas. Ao contrário, seus vizinhos arapesh não acreditam. A maioria das mulheres arapesh é anorgásmica.

No Ocidente, algumas mulheres, conseguem desafiar a educação repressora que tiveram e experimentar muito prazer no sexo. Algumas descobrem o orgasmo por acaso ou por sorte. Outras fazem um esforço consciente para cultivar a própria sexualidade. Para as mulheres que regularmente alcançam o orgasmo, eles podem variar não só na sensação que provocam (não existem dois orgasmos iguais), como também a forma: um único orgasmo, orgasmos múltiplos ou consecutivos, orgasmo com ejaculação, que a maioria das pessoas nem sabe que existe.


5. A reação dos homens

Enquanto eu estava escrevendo este texto, dei uma olhadinha na minha caixa de correio para ver se tinha alguma mensagem. E tinha. Uma das mensagens mais incríveis que recebi desde que passei a escrever Conversa na varanda, coluna que assino aos domingos, no Jornal do Brasil. Enviada por um homem, se referia ao meu artigo da véspera "A ausência do desejo feminino", em que eu abordava essa disfunção sexual e a necessidade de se dar uma orientação adequada nesses casos. Ele dizia o seguinte:

"Não concordo com a sua referência quanto à mulher "frígida" ser qualquer causa de anomalia, etc. Muito natural. O ser humano, pelo seu excêntrico orgulho de ser o único animal com a razão, acha que por isto, deixou de ser animal. A mulher fora de seu "cio" é organicamente tanto quanto (nem semelhante, não é, é exatamente igual) qualquer outra fêmea na Natureza. Isto é coisa normalíssima. A ciência precisa descobrir e entender isto. Exatamente porque a mulher tem o órgão genital facílimo a uma penetração (apenas abrir o buraco - perdoe-me a expressão ) ao contrário do homem, ela usa este órgão fora do cio, simplesmente, artificialmente, por um favor, etc. apenas por ser racional, mesmo que o ato em si não lhe traga a satisfação necessária.
O dia que a ciência pesquisar a Natureza e conhecer o sexo lá (uma constante em todos os seres , inclusive em nós) , aí sim, terá dado um enorme e significativo passo para desvendar tantos mistérios bobos estritamente racionais."

Parece piada? Mas não é não. Ainda existem tentativas de convencer a todos que prazer sexual não foi inventado para a mulher, só para os homens. Quando não conseguem isso, extirpam o clitóris da mulher para impedir que ela tenha prazer.

Desde que surgiu a propriedade privada, há mais ou menos 5000 anos, coincidindo com a época em que o sistema patriarcal foi instituído, o homem passou a reprimir severamente a sexualidade da mulher. Seu pavor era deixar a herança para um filho que na realidade não fosse seu. No século 19, várias teorias foram criadas afirmando que a mulher não se interessava por sexo, que seu aparelho genital servia tão somente à procriação.
Apesar de eventualmente esbarrarmos com alguém que possui uma mentalidade fossilizada, no mundo ocidental, hoje, os homens sabem que a mulher pode e deseja ter prazer. Talvez não saibam tanto sobre o assunto quanto José Ângelo Gaiarsa, que afirma:

"A mulher é o ser mais sexual do mundo, porque não tem cio. Uma mulher disposta, que tenha amigos, pode ter três, quatro, relações por dia durante quarenta, cinqüenta anos. Se o homem aprender a não ejacular, ele pode acompanhá-la, mas se ele entra na do fanático de chegar ao fim, ele pára no meio, pode-se dizer assim. É fundamental manter uma respiração tranqüila durante a troca de carícias. Assim é possível frear todas as emoções precipitadas. E aí vão sendo apreciados os pedacinhos do caminho, sem pressa. Muitos homens tentam compensar a falta de qualidade com dados objetivos: tamanho do pênis, quantas ejaculações tiveram, etc."

Os homens que já se libertaram do mito da masculinidade entendem como natural que, uma vez ou outra, a mulher não tenha orgasmo. Para ele é importante que sua parceira alcance o orgasmo apenas para que os dois desfrutem do máximo de prazer.

Mas a maioria ainda não aceita com tranqüilidade quando mulher não tem orgasmo. Sobretudo, os que vão para o sexo para provar que são machos. Já não estão mais se contentando com o que até há pouco tempo era suficiente para eles: ter ereção e ejacular. Agora, a mulher precisa gozar para, afinal, ele ser considerado bom de cama.


6. Algumas opiniões sobre a ausência de orgasmo na mulher

Marília Gabriela - jornalista
As mulheres não têm orgasmo porque não se apalparam e se masturbaram o suficiente para descobrir de que forma gozam para depois contar para o parceiro e facilitar o prazer?

Cláudio Nucci - compositor e cantor
O prazer para a mulher ainda está ligado a um sentimento negativo e isso inibe a capacidade de gozo dela. Ela tem que aprender a gozar por ela mesma.

Ítala Nandi - atriz
Quando transo muito seguido, os orgasmos são de menor intensidade; quando fico muito tempo sem sexo, o orgasmo é de uma intensidade absoluta, é muito poderoso.

Lucélia Santos - atriz
A maior frustração sexual que uma pessoa pode ter creio que é não conseguir atingir o orgasmo.

Marilene Cristina Vargas - médica sexóloga
Existem outros pontos onde a mulher pode ter orgasmo vaginal. Podem-se buscar posições que possibilitem a estimulação simultânea do clitóris e do Ponto G. É o orgasmo combinado. O orgasmo vaginal também pode ser desencadeado pela estimulação do Pontos S e do Ponto P, que são referidos na medicina ayurvédica e pouco conhecidos no Ocidente. A estimulação do fundo da vagina também pode levar ao orgasmo.

Rose Marie Muraro - escritora
O sistema patriarcal matou as mulheres que tinham orgasmo por considerá-lo perigosíssimo. Os árabes diziam que o desejo tem dez partes e nove estão com a mulher e uma com o homem. Passaram, então, a extirpar o clitóris, infibular a mulher e obrigá-la a usar véu. Na Inquisição todas as mulheres orgásticas foram assassinadas. Com o movimento feminista o orgasmo passou a ser obrigatório. A mulher ficava apavorada se não tinha orgasmo. O ideal é o orgasmo ser facultativo: tem quem quer, quem pode. Ninguém vai ser punido por ter ou não.

Cláudia Alencar - atriz
O orgasmo no ponto G é totalmente diferente do clitoriano. Você aprende com seu parceiro, aprende lendo. Mas para conseguir ter orgasmo no ponto G com freqüência, é preciso exercitar. É muito forte, mais intenso, dá no corpo inteiro, não é tão localizado.


Anna Lydia Pinho do Amaral - médica ginecologista e obstetra
A falta de orgasmo é a maior dificuldade sexual das mulheres. Mas temos que dividir as mulheres em dois grupos. As que foram criadas com maior liberdade sexual, depois da pílula anticoncepcional e, portanto, despreocupadas com a gravidez, e as que têm mais de 30, 40 anos de casadas. As mais jovens aprenderam a se relacionar sexualmente com seus parceiros e, se não conseguem ter orgasmo, procuram ajuda. A mulher mais velha tem vergonha de sexo, é reprimida e não diz para o parceiro o que gosta ou o que deseja.