Nos escritórios de advocacia que tratam de divórcios e nos consultórios de terapeutas conjugais, o fenômeno é conhecido. Os brasileiros traem cada vez mais, mas até recentemente não se sabia quanto, pela falta de uma pesquisa abrangente sobre o assunto. Agora, finalmente, há um número oficial: metade dos homens e um quarto das mulheres confessam que já tiveram pelo menos um caso extraconjugal. Sabe-se também que os infiéis fazem mais sexo - têm 13 relações mensais, em média, contra dez dos fiéis e sete de quem só vai para a cama com parceiros eventuais. Esses dados, inéditos, são os novos cruzamentos do Estudo da Vida Sexual do Brasileiro, feito neste ano com mais de 7 mil pessoas em 13 Estados, com o do Ibope.
O levantamento mostra que o grau de infidelidade varia de uma região para outra. O Rio Grande do Sul é o paraíso dos infiéis, apesar de os gaúchos não terem ficado em primeiro lugar nem no ranking masculino - ocupado pelos baianos - nem no feminino, em que as cariocas são imbatíveis. Na média, no entanto, é esse o Estado onde mais se trai: 60% dos homens e 32% das mulheres já tiveram na mesma época um parceiro fixo e um eventual. O vizinho Paraná está na outra ponta da tabela: 'apenas' 43% dos homens e 19% das mulheres admitiram ter tido uma aventura na vida. O Pará chama a atenção pela discrepância. Ali, 62% dos homens já foram infiéis, comportamento observado em apenas 20% das mulheres. 'Como se trata de uma região onde as pessoas não estão acostumadas a participar de pesquisas sobre a sexualidade, alguns podem estar mentindo por vergonha, outros exagerando para se mostrar viris', diz a psiquiatra Carmita Abdo, professora da Universidade de São Paulo (USP), coordenadora do estudo.
É uma ressalva importante. Quando o assunto é sexo, as pessoas tendem a mentir - seja para se valorizar, seja para se proteger. Duas experiências americanas mostraram que as mulheres admitem ter menos parceiros do que de fato têm ou tiveram, para cumprir expectativas sociais. Foram feitas duas entrevistas. Na primeira, chegou-se a determinado número de amantes. Na segunda, as mulheres foram induzidas a achar que estavam sendo monitoradas por um detector de mentira. Resultado: confessaram praticamente o dobro do número de relacionamentos da primeira entrevista. Fica explicado, assim, por que normalmente não fecham as contas da matemática sexual: enquanto as mulheres tentam minorar o número de amantes, os homens tendem a dar uma exagerada.
Primeira aparição: "Avengers" 1, de 1963.
A Liga da Justiça da DC Comics surgiu no início de 1960, inspirada pela Sociedade da Justiça de duas décadas antes (veja a relação das guerras e o tipo de heróis gerados por delas). Criada por Gardner Fox e tendo seis membro fundadores (no pré-crise: Superman, Batman e Mulher Maravilha & Lanterna Verde, Caçador de Marte e Flash), a Liga da Justiça tinha por objetivo prevenir e combater as ameaças ao planeta Terra, dentre outras funções heroicas, salvadoras e política e socialmente corretas e bem aceitas.
Os Vingadores, por sua vez, surgiram no final de 1963, criados por Stan Lee e Jack Kirby, na mesma safra em que foram criados os X-men. A equipe dos Vingadores tinha a seguinte formação inicial: Homem de Ferro, Thor, Vespa e Homem-Formiga. A primeira história que vivem juntos foi denominada A Chegada dos Vingadores. A história é interessantíssima e conta como o grupo ganhou mais um de seus membros: após a primeira grande batalha contra Loki (o deus da mentira, meio-irmão de Thor), os Vingadores unem-se ao Incrível Hulk e juram lutar juntos para o bem de muitos. O time inicial ficaria completo quando o príncipe submarino Namor joga em mares quentes o corpo de Steve Rogers, o Capitão América, que desde os anos 40 estava preso em um bloco de gelo. Obviamente Namor não fazia ideia do que tinha acabado de promover, mas a volta do Capitão América deu maior unidade e importância aos Vingadores, especialmente quando ele assume o posto de líder do grupo.
De cara, os Vingadores tinham o mérito de terem sido os primeiros recrutados pelo governo dos Estados Unidos para enfrentar desafios impossíveis para qualquer Exército, ou seja, estava formada a equipe dos“heróis mais poderosos da Terra”, capazes de enfrentar ameaças cósmicas ou divinas, coisas inalcançáveis pela tecnologia humana. Quem não se lembra do primeiro grande atormentador do grupo, oBarão Zemo, que surge dos confins da América do Sul, forma a equipe dos Mestres do Terror, cria o importantíssimo Magnum e dá o empurrão necessário para que a história se tornasse uma febre entre nerds e fãs de HQs.
No filme que estreia no próximo dia 27, há duas das personagens que não são do time original dos Vingadores: O Gavião Arqueiro e a Viúva Negra. O primeiro juntou-se ao grupo em 1965, com o nome de Hawkeye e a segunda apareceu em 1973, inicialmente apenas como membro secundário, tendo aos poucos ganhado a devida importância importância.
As histórias e aventuras dos Vingadores começaram com os clássicos dos anos 60/70, atravessaram as bizarrices dos anos 80/90 e apresentam hoje um novo caminho, com abordagens interessantes e dignas do nome de “clássicos contemporâneos”. É por isso que a cotação para o enredo do filme tem sido alta. Mesmo que o diretor e os setores técnicos não consigam exercer com competência a sua tarefa, acredita-se que o filme terá potencial para não ser de todo desprezado: ele é produto de uma nova abordagem da própria Marvel, e a empresa o tratará como tal. É claro que não podemos e nem devemos comparar a força de uma história em quadrinhos com a de uma história cinematográfica. É bom deixarmos de lado o encantamento gerado por grandes histórias como a do clássico A Guerra Kree-Skrull (1971), ou a do divisor de águas na minissérie Guerra Civil (2006), ou ainda a da histórica O Esquadrão Sinistro (1969), mas dada a importância e o zelo com que a empresa tem revestido o filme, é bem provável que o espectador veja algo realmente interessante na tela.
Os Vingadores já ganharam uma série de TV em 2010, escrita por Mark Parsons e Caroline Farah, série de bastante sucesso, com adaptação de aventuras seminais do grupo e um grande número de vilões. A versão cinematográfica que está por vir promete seguir os mesmos passos, mas elevá-los até a Lua. Com direção de Josh Whedon (criador das séries Buffy, Firefly, Angel e Dollhouse), Os Vingadores tem inspirado mais euforia do que dúvidas. É visível que o estúdio e as distribuidoras não tem economizado em produção e divulgação. Com elenco estelar e já muito conhecido do grande público, resta-nos esperar pela chegada do longa. Se for realmente um bom filme, considerarei um presente de aniversário da Marvel: poucas pessoas poderão falar o mesmo do dia em que comemoraram os seus 25 anos. Que venha o 27 de abril!