Tradutor

http://1.bp.blogspot.com/-cTQ6nQS_FEg/T-9PuIglwxI/AAAAAAAABG4/NILfi6iRsc8/s1600/banner-amor.jpg

29 novembro, 2011

Ciúme excessivo leva à traição, segundo estudo

A notícia é triste para quem não suporta a idéia de flagrar o parceiro em outros braços: quanto maior o ciúme, maior a chance de ser traído. É o que mostra a tese de mestrado do psicólogo Thiago de Almeida, do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo), que teve como objetivo avaliar a relação entre o ciúme e a infidelidade.

O pesquisador entrevistou 45 casais paulistanos heterossexuais, de diferentes idades e classes sociais, com pelo menos seis meses de relacionamento. 

Em dois momentos, os participantes responderam questionários sobre comportamentos relacionados a infidelidade, como sair com alguém enquanto a namorada viajava, ou atender ao paquera no celular e fingir para o namorado que era só uma amiga. "Ser infiel significa quebrar qualquer compromisso pré-estabelecido entre os parceiros", esclarece o psicólogo.

O comportamento que teve maior impacto negativo sobre os relacionamentos, de acordo com a pesquisa, foi o flerte pela Internet. "Sempre haverá novos meios para as pessoas se comunicarem, mas as pessoas têm uma incapacidade muito grande de se adaptar a essa realidade", acredita.

O estudo de Almeida não teve o propósito de apurar quem é mais ciumento ou traidor, mas confirmou que o homem tende a ser mais infiel. Estatísticas internacionais sugerem que 60% dos homens e 90% das mulheres mantêm os pés no sapato. 

Mas elas não são bobas. "As mulheres estão mais atentas ao comportamento do parceiro do que o inverso e camuflam melhor a própria infidelidade", observa.

Os resultados comprovam a hipótese da "profecia auto-realizadora", citada por estudiosos, segundo a qual o ciúme excessivo é capaz de desencadear o comportamento infiel do parceiro. 

A explicação é que os conflitos constantes minam a qualidade do relacionamento, fazendo com que o temor se concretize. "Toda vez que a pessoa chama atenção da outra por ter olhado para alguém, ela a encoraja a olhar", diz o psicólogo. Como quase sempre, a sabedoria popular se justifica: "Quem procura, acha".