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11 outubro, 2011

Sexo: Falta de tempo, privacidade e desejo. O que fazer?

Além do mais, eu e meu marido trabalhamos e ele faz faculdade. No final do dia não estou disposta para a transa. Moramos com meus pais e nossa privacidade fica prejudicada.
"É preciso perceber os pensamentos e emoções que existem em relação ao sexo para também entender as atitudes frente a ele" Resposta: Sexo bom e gostoso precisa de tempo, lugar, disposição pessoal e do casal. As pessoas reservam tempo para comer, trabalhar, tomar banho, ir ao banco, dentre outras atividades, mas não para o sexo.
É difícil encontrar alguém que realmente perceba o sexo como uma atividade que faz parte da vida, que é importante, e que, portanto precisa ser planejado, executado e sempre avaliado e melhorado. As pessoas inventam receitas novas de comida, procuram acessórios modernos para o carro, marcam hora para ir ao cabeleireiro, ao médico, não abrem mão do happy hour, o futebol, mas e o sexo?

Sim, existe uma dificuldade importante de falar sobre sexo, de planejar, de assumir que se deseja e de um jeito bem feito e bem cuidado, de investir para melhorar, para transformar o que não está bom. E essa dificuldade existe, porque sexo ainda é vítima de muito preconceito e medos. Assumir que gosta de sexo perante si mesma pode fazer a pessoa se sentir promíscua, leviana, culpada. E assumir perante outras pessoas, é mais complicado ainda, pelo medo dos julgamentos, perder o respeito, ser desvalorizada. E assim, as dificuldades vão aparecendo.


Vamos olhar para o problema apresentado. Os dois trabalham, o marido faz faculdade. Os dois cansados no final do dia, e pelo jeito, não só sem disposição para transar, mas até para conversar, conviver. Isso afasta. Então, o que fazer? Primeiro, deve haver compreensão da realidade e um não deve responsabilizar e brigar com o outro pelo que não acontece. Foi uma escolha, trabalhar e estudar, que pelo jeito vocês fizeram porque acreditam que pode ser importante para a vida do casal. E isso traz consequências que precisam ser administradas pelos dois, para prejudicar o menos possível o relacionamento. Então, seu marido precisa entender que não dá para querer que você esteja sempre acordada quando ele chega e disposta para, dentre outras coisas, a transa. E você pode procurar, em outros dias, chegar do trabalho e descansar, para que quando ele chegue você tenha mais disposição para dentre outras coisas, transar.


Mas para isso, você vai precisar considerar que o sexo é algo bom e desejável. Pense o que acha de fazer sexo, é gostoso, algo que realmente te deixa de bem com a vida? Você diz que mora com seus pais e a privacidade fica prejudicada. Mas se seus pais sabem que vocês estão casados, é esperado que eles saibam que vocês transam e precisam de espaço para ficar à vontade e desfrutar da intimidade da relação. Será que eles são invasivos e precisam de uma conversa a fim de que mudem o comportamento, será que é preciso definir um espaço mais reservado para que vocês fiquem realmente a dois? Ou será que eles respeitam vocês como casal, mas é você que não se sente bem transando na casa de seus pais?


É preciso perceber os pensamentos e emoções que existem em relação ao sexo para também entender as atitudes frente a ele. E seu marido? Você diz que o sexo é muito rápido. A culpa é mesmo do local em que moram ou será que vocês têm dificuldade de conversar um com o outro sobre o que e como gostam e daí tudo é feito como se a necessidade fosse apenas de cumprir uma obrigação, que nem é tão interessante e estimulante assim!?
Para um sexo gostoso, é preciso namorar, ter tempo de trocar alguns carinhos, carícias, olhares, palavras, que estimulem as fantasias um do outro, ou seja, que preparem um ao outro, excitem, para então partir para a penetração e o orgasmo. Rapidinho, o sexo só será bom, só se for dentro de uma história muito excitante e que sirva de supercombustível para excitar rapidamente e propiciar o prazer. Do contrário, rapidinho é sinal de que alguém saiu insatisfeito. E insatisfação contínua faz com que a gente não queira mais viver o que é motivo da mesma.
Quando duas pessoas se amam e querem ficar juntas, mas se deparam com um problema, é preciso pensar no que é preciso mudar pessoalmente, e também como casal, na forma de se relacionar. Mas essas mudanças devem ser algo bom e desejável para os dois, não pode significar um peso, uma perda, pois senão as mudanças não vão acontecer, ou mesmo que aconteçam, o problema vai voltar.

Avaliem o que é preciso mudar, não só em relação ao sexo, mas em relação à maneira como vocês organizaram a vida de vocês. Se vocês acham que vale a pena investir para resolver o que os afasta, façam isso com determinação e alegria.


Para o que não puder ser mudado no momento, será necessária compreensão. Mas não abram mão de viverem mais momentos de prazer juntos. Afinal, isso vai uni-los e deixa-los fortalecidos. E mais, lembrem-se que os momentos que deixamos de viver não voltam atrás.