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15 março, 2011

Quanto mais estável a relação, menor o tesão

Por Marina Caruso
Antes do Natal, entrevistei o psiquiatra Luiz Sperry Cezar, do Hospital das Clínicas de São Paulo para uma reportagem que sairá na Marie Claire de fevereiro. Entre outras coisas - que não vou comentar aqui para não estragar a surpresa da matéria - falamos sobre a diferença de libido entre homens e mulheres e de um estudo interessante feito pela Universidade de Hamburg-Eppendorf, na Alemanha.
A pesquisa, publicada há alguns meses na revista Human Nature, mostra que a maioria das mulheres enfrenta considerável queda no desejo sexual quando está em uma relação estável, enquanto, entre os homens, a libido permanece inalterada. Foram ouvidos 530 homens e mulheres entre 30 e 50 anos e, segundo os pesquisadores, as diferenças seriam explicadas pela evolução humana. Entre as mulheres de 30 anos recém casadas, 60% queriam sexo frequentemente no início do relacionamento.
Editora Globo
Depois de quatro anos de união, o índice caiu para menos de 50% e, após 20 anos, para apenas 20%. Entre os homens, a vontade de transar regularmente se manteve estável em 80% dos entrevistados, em qualquer estágio do relacionamento. Segundo o autor da pesquisa, o psicólogo Dietrich Klusmann, "uma boa razão para que a motivação sexual dos homens permaneça inalterada seria o temor de serem traídos por suas parceiras com outro homem".
Já as mulheres teriam uma alta dose de desejo sexual no início de um relacionamento para afirmar um vínculo com o parceiro. A conclusão casa perfeitamente com o que o psiquiatra do HC me dizia: que, na verdade, nós, mulheres, temos medo de ser trocada, não traída, por isso precisamos tanto fortalecer nosso vínculo com o parceiro. Já os homens, temem que o fato de “não darem no coro” – com o perdão da expressão – faça com que suas parceiras busquem satisfação sexual fora de casa, por isso, em cinco, dez ou vinte anos de união, querem sempre muito sexo.