Astróloga explica como a relação entre Marte e Júpiter revela a força do desejo nas relações
Lua não se entendem as possibilidades de encontrar a felicidade são menores. Ou apenas mais difíceis. No fundo, o que está em jogo é mesmo a autoestima, condição fundamental para uma vida amorosa feliz. Se eu não gosto de mim mesmo, porque outra pessoa vai gostar?
Se fosse só isso, até que dava para encontrar uma saída. Uma boa consulta astrológica, alguns anos de psicanálise e pronto. Caminho livre para o amor.
Mas o amor é um jogo complicado, onde outras duplas também estão em ação: quando Júpiter e Marte entram em campo, é o desejo que vai mandar na partida. Vênus e Lua são planetas femininos (pelo menos em português), jogam leve e não atuam tão abertamente. O que não quer dizer que sejam fracas ou santas, muito pelo contrário. Suas armas são a sedução, a manipulação, o carinho e a chantagem. Mas se sujeitam com mais facilidade ao controle ou à situação de submissão.
Quando o que está em jogo é o desejo, o jogo é muito mais aberto e mais difícil de controlar.
No mapa astral de cada um, a relação entre Marte e Júpiter revela a força (ou a fraqueza) do nosso desejo e as leis que estamos dispostos a obedecer para alcançar o objeto desse desejo. Quando estes dois planetas estão em harmonia, as estratégias amorosas estão sempre certas, mesmo se, por acaso, contrariarem o ideal de Vênus e o afeto da Lua. Daí podem nascer muitos tipos de amor, mas nenhum deles vai ser platônico. No fim da vida, vai dar para perceber que todos os amores foram expressões do desejo.
Mas se Marte e Júpiter se desentendem, as estratégias dão sempre errado: Marte em signo de fogo não suporta frustração. O desejo é uma chama que se acende e se apaga rápido. Um Júpiter em Capricórnio pensa muito, e só se move quando tem certeza da vitória. Resultado: quando se faz o movimento, o desejo já acabou. Quando o desejo está mais forte, não se faz movimento algum. No fim da vida, fica a sensação de que em cada amor foi preciso fazer uma escolha: uns foram deliciosos, mas incertos, outros um pouquinho insossos, mas certos.
Volto a lembrar que se poderia fazer essa comparação signo a signo, mas o resultado seria um livro e não uma coluna. Solução para isso a astrologia não tem, mas lembra sempre que existem muitos caminhos, a maioria legítimos, para encontrar um lugar que sentimos como nosso, onde seja possível encontrar a maneira certa e prazerosa de estar no mundo.
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