Tradutor

http://1.bp.blogspot.com/-cTQ6nQS_FEg/T-9PuIglwxI/AAAAAAAABG4/NILfi6iRsc8/s1600/banner-amor.jpg

16 maio, 2013

Casados são 23% do total dos que não têm sexo

Vinte e três por cento das pessoas entrevistadas pela Datafolha para uma pesquisa sobre a sexualidade dos brasileiros afirmaram que estavam sem fazer sexo havia oito meses. Todas são casadas. 

Dos que ficam tanto sem transar, a maioria está na faixa dos 35 aos 60 anos. 

De janeiro de 2009 ao início de setembro do mesmo ano, o instituto de pesquisa da Folha de S.Paulo ouviu 1.888 homens e mulheres entre 18 e 60 anos em 125 cidades de 25 Estados. 


O psicanalista Contardo Calligaris(foto) afirmou ao jornal não ter se surpreendido com o índice de pessoas que ficam longo tempo sem relacionamento sexual.  

"Podemos morar com um parceiro ou parceira charmosíssimos, ficar nos acalentando, dormir juntinhos... mas transa é algo que precisa ser cultivado. E cultivar esse desejo é cultivar fantasias. Quem tem certa preguiça para isso acaba transando menos", disse.

Acrescentou que, pela sua experiência de terapeuta, as pessoas de uma maneira geral têm dificuldades de encontrar parceiros ou parceiras “só para transar”.

Para a psicanalista Maria Rita Kehl (foto), o índice dos sem transa pode ser sinal de que há cada vez mais pessoas que se libertaram da “obrigação de fazer sexo”. 

Se essa libertação pode ser considerada como uma conquista de comportamento do indivíduo, o mesmo não se pode dizer da masturbação, que continua um tabu.

A pesquisa constatou que 60% das pessoas (homens e mulheres) não se masturbam, embora a maioria reconheça que se trata de uma prática “saudável”.

Considerando-se apenas as mulheres, o índice sobe para 78%. 

“Apesar das conquistas [das mulheres] dos últimos anos, o tabu persiste”, disse o psiquiatra Joel Rennó Júnior, do programa Pró-Mulher do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas. 

Chama também a atenção o fato de apenas 2% dos entrevistados terem informado que são homossexuais. Pode não ser verdade. Estudos internacionais indicam os gays representam de 7% a 12% de uma população.

Em relação à pesquisa anterior, levantada pelo Datafolha 12 anos atrás, não houve mudanças significativas de comportamento, exceto pelo fato de que agora as pessoas falam sobre o sexo sem muito constrangimento.

Seguem alguns dados da pesquisa.

* De 1997 para 2009, aumentou de 15% para 41% o número de entrevistados que afirmaram que a duração de suas relações sexuais vai de 30 minutos a uma hora. 

* A maioria (72%) dos homens pratica o sexo anal. Desse total, 22% informaram que não gostam desse tipo de relação e que a fazem a pedido das parceiras ou parceiros.

* Em relação às mulheres, 57% disseram que têm relação anal, mas mais da metade delas afirma não gostar.

* Dos homens, 81% deles declaram que fazem sexo oral. Desse total, 14% disseram que não gostam.

* Quanto às mulheres, 72% delas informaram que praticam o sexo oral. Em relação aos homens, o percentual das que não gosta é maior, de 24%.

*Até o dia da entrevista, 34% dos homens afirmaram que já tiveram relação sexual com mais de dez mulheres. E as mulheres, na proporção de 32%, disseram que só transaram com uma só pessoa em toda a sua vida.

* Entre os homens, 76% disseram que sempre gozam quanto transam. A mesma resposta foi dada apenas por 36% das mulheres.

* Metade das mulheres admitiu já ter fingido orgasmo. Em relação aos homens, o índice foi de 26%, o que foi considerado pelo jornal como uma mudança de comportamento. Antes, a informação era de que poucos homens faziam esse tipo de simulação.