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15 dezembro, 2010

Estudo demonstra que o amor está no cérebro e não no coração

publicado em 2005-12-19 11:59:41 


Especialistas em neurociências conseguiram provar que, relativamente ao amor, o cérebro "destrona" o coração. O estudo foi publicado na revista científica Nature Neuroscience.


Investigadores da Universidade da Flórida, nos EUA, analisaram o comportamento de pequenos ratos da pradaria, um dos animais mais parecidos com os humanos no que diz respeito às relações de monogamia. A pesquisa, publicada na revista científica Nature Neuroscience, provou que o amor é definido por dois receptores de dopamina, o D-1 e o D-2.
Para testar as relações de longa duração destes roedores e para porem à prova a sua fidelidade, os cientistas decidiram analisar e manipular estes dois neuroreceptores que, quando activados, produzem a hormona que é libertada para dentro de um núcleo que se situa na região subcortical do cérebro. Em geral, estes neuroreceptores, para além da fidelidade, estão associados à motivação e a comportamentos de dependência.

Brandon Aragona, investigador que liderou a investigação, afirmou, em declarações à revista científica New Scientist, que "a dopamina libertada está associada a uma reorganização do circuito do cérebro que muda a região do cérebro, promovendo a relação" e acrescenta que "o nosso estudo demonstra que o amor está no cérebro e não no coração".
Ao analisarem os receptores de dopamina, os cientistas verificaram que o D-2 é normalmente activado após o primeiro encontro sexual, criando uma forte ligação entre o casal. Por outro lado, o D-1 mostrou actividade após um período de co-habitação, desenvolvendo os comportamentos de agressividade do macho em relação a outras fêmeas.



Foto: Brandon Aragona
Os especialistas decidiram manipular os receptores, bloqueando-os. Ao impedir a produção de dopamina por parte do D-1 verificaram conseguir conter as situações de maior agressividade dos ratos da pradaria. Por outro lado, decidiram induzir os mesmos comportamentos em ratos virgens através de uma injecção de um químico de activação do D-2. Estes, logo após a injecção, contactaram com as fêmeas mais próximas com quem estabeleceram um vínculo imediato de longa duração, mesmo nas situações em que estas não se encontravam sexualmente activas. Para além disso, também passaram a apresentar comportamentos agressivos em relação a outras fêmeas.
Por outro lado, a activação do D-1 nos machos virgens parece tê-los impedido de se comprometerem após o primeiro encontro. Já o bloqueio do D-1 nos machos que mantinham uma relação de longa duração demonstrou uma redução nos comportamentos de agressividade em relação a outras fêmeas e uma maior abertura para novas relações.
Segundo Brandon Aragona, este foi o primeiro estudo a comprovar que as reacções cerebrais estão directamente relacionadas com a monogamia. Embora os seres humanos possam agir de forma diferente, o cientista refere que "os mecanismos básicos são semelhantes".

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