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16 março, 2011

Amor e inveja estão associados ao mesmo hormônio, revela pesquisa

                                                                                                         


O hormônio ocitocina, associado a comportamentos como confiança, empatia e generosidade, também afeta sentimentos negativos, como inveja e sadismo. A conclusão é de pesquisadores da Universidade de Haifa, em Israel. O ocitocina, conhecido como “hormônio do amor”, é produzido no hipotálamo — região do cérebro que regula as emoções. Em pesquisas anteriores, a substância foi relacionada a sentimentos positivos e sensações de prazer. Entretanto, estudos recentes indicaram que o hormônio também é associado a altos níveis de agressividade.
Para descobrir que o ocitocina está ligado a sentimentos negativos, os cientistas de Haifa analisaram 56 pessoas. Metade inalou o hormônio na primeira sessão e recebeu um placebo na segunda. Os outros 28 receberam o procedimento inverso: primeiro o placebo, depois o hormônio.
Após o teste, os pesquisadores pediram aos voluntários para participar de um jogo de sorte contra um computador — sem saber que o adversário não era humano. Cada um tinha que escolher uma de três portas, atrás da qual estava uma quantia de dinheiro. Às vezes, o participante ganhava mais; outras, menos.
O resultado, publicado na revista especializada Biological Psychiatry, revelou que os participantes que inalaram o “hormônio do amor” mostraram níveis mais elevados de inveja quando perdia e de malevolência quando se saia melhor. Os cientistas constataram também que, assim que o jogo terminava, nenhum dos competidores guardava mágoas do adversário — mesmo sem saber que se tratava de uma máquina. Ou seja, os sentimentos negativos duraram apenas até o fim da competição.
“Presumimos que o hormônio é um gatilho para sentimentos sociais: quando a associação feita é positiva, o ocitocina aumenta comportamentos positivos; quando a associação é negativa, o hormônio aumenta sensações negativas”, explica Simone Shamay-Tsoory, coordenadora do estudo.