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07 novembro, 2013

O termo lésbica originalmente referia-se somente às habitantes da ilha de Lesbos, na Grécia.



O termo lésbica originalmente referia-se somente às habitantes da ilha de Lesbos, na Grécia. Na antigüidade, entre os séculos VI e VII a.C., morava naquela ilha a poetisa Safo, admirada por seus poemas sobre amor e beleza, em sua maioria dirigidos às mulheres. Por esta razão, o relacionamento sexual entre mulheres passou a ser conhecido como lesbianismo ou safismo.

Ao se discutir o lesbianismo, deve-se manter em mente o fato de que as lésbicas, tal como outros grupos, ainda são alvo de muita discriminação. Esta discriminação geralmente começa no próprio lar, depois se estende à escola e, subseqüentemente, ao trabalho. No entanto, na entrada do novo milênio algumas empresas passaram a conceder os mesmos benefícios aos seus funcionários que vivem em relações estáveis com uma pessoa do mesmo sexo, são os famosos casais gays.

Outros organismos governamentais também estão fazendo o mesmo. Por exemplo, uma estrangeira lésbica que estabelecer relação estável com uma mulher cidadã brasileira tem direito (desde 2004) a um visto de residência (temporário ou permanente, dependendo de suas necessidades) no Brasil. O mesmo é válido para casais binacionais de homens. É o Governo reconhecendo definitivamente a necessidade de estabilidade entre pessoas do mesmo sexo que se sentem atraídas por alguma ou várias coisas em comum.

Cada vez mais os países mais desenvolvidos reconhecem, em parte ou totalmente, a união estável entre casais gays; muito embora alguns homens tenham tentando quebrar este tabu, são as mulheres que mais formalizam a união; neste campo o Brasil é um dos pioneiros inclusive no combate a homofobia, que nada mais é do que medo das pessoas homossexuais; este medo acaba se traduzindo em agressividade física e verbal; tais comportamentos, da mesma forma que o racismo, é anti-social indesejável e combatido, pelo menos aqui no Brasil, pela justiça, caracterizando crime por quem o comete.

Na Constituição Federal Brasileira reza explicitamente que todos deverão ser tratados com isonomia perante a lei sem que se faça acepção de pessoas por qualquer motivo ou razão, mas algumas autoridades, da mesma forma que as famílias e igrejas que se dizem tradicionalistas, insistem em tratar o tema como doença ou simplesmente marginalizando este grupo que é minoria.

Dados informados a imprensa pelo Professor Luiz Mott, Presidente do Grupo Gay da Bahia e um dos pioneiros na organização de eventos públicos envolvendo o tema, afirmam que a cada três dias um gay é morto brutalmente no Brasil; muitos destes casos sequer são investigados a fundo pela polícia, principalmente no Norte e Nordeste.

Se for verdade que as regras de fé de muitas religiões proíbem expressamente o amor entre homossexuais, essas leis religiosas se restringem somente dentro das respectivas comunidades religiosas. Em outras palavras, a liberdade religiosa exige que todas as religiões atuem dentro dos padrões básicos dos Direitos Humanos adotados pelo Estado Brasileiro.

Também é preciso esclarecer que nem todas as religiões proíbem a união entre iguais. Igrejas cristãs como a Igreja Metropolitana do Brasil, entre outras, projetam uma visão reformada em relação à comunidade gay. Muitas igrejas cristãs do mundo entraram no novo milênio discutindo com muita seriedade e deliberação o assunto da homossexualidade. Existe muita resistência por parte das alas mais conservadoras dessas instituições a idéia do casamento entre iguais.

O tema LESBIANISMO há muito tempo levava rótulos estapafúrdios como SAPATÃO, alusão clássica de que mulheres se que relacionavam amorosamente com suas iguais, tivesse os pés grandes como os homens; outros termos também eram comuns, mas a sociedade mais educada e respeitadora, muito embora ainda em minoria, tratou de extinguir naturalmente do vocabulário de rua.

Hoje em dia as mulheres estão mais aparecendo perante o povo de mãos dadas com suas parceiras; estão assumindo em maior número a sua condição de amar outra mulher. Filmes, novelas e comerciais já abordam o tema sem ter que olharem para uma possível infração dos costumes. As praças, ruas e avenidas da maioria das cidades de médio e grande porte já exibem casais de namoradas do mesmo sexo sem o menor constrangimento para que passe por elas e isso tem ajudado ainda mais no surgimento de mais pessoas que se mantiveram anos “dentro do armário”.

Muitos casais de mulheres já ingressam na justiça para terem reconhecimento de seus papeis sociais dentro do relacionamento, como se fosse um consórcio normal, entre homem e mulher. Elas já conseguem com mais facilidade do que os casais de homens adotarem crianças e até em casos como herança, ou sucessão de bens, alguns juízes já lhes dão ganho de causa ainda em primeira instância, algo impossível se compararmos alguns anos atrás.

Até o estereótipo de “machão”, agregado naturalmente a mulher que fazia o papel do homem, hoje já não é mais tão visto ou comentado. Mulheres aflorando feminilidade, com aspectos cada vez mais sexy e verdadeiramente delicados, se aproximam umas das outras com o único intuito de trocarem experiências privilegiadas, elas se amam como duas mulheres e raramente buscam numa outra o papel de um homem.

Uma leitora assídua de meu site, Priscila Antunes, que mora em São Paulo, foi quem mais incentivou para que eu fizesse este artigo. Priscila tem 25 anos e é uma das mulheres mais belas que já conheci nos últimos tempos. Ela é casada com outra mulher, dois anos mais velha e que segundo ela, a faz sentir-se como a mulher mais feliz do planeta.

Priscila e Claudia são mulheres normais, que trabalham, fazem faculdade, pagam contas e impostos; são duas mulheres extremamente lindas e em nada fazem lembrar aquelas moças musculosas que queriam ser homem. Perguntado a Priscila como era executado o amor íntimo entre ela e a esposa, ela me disse que ambas se amavam tão naturalmente e se davam tão bem, seja em casa, na rua, no trabalho ou na cama, que nos três anos juntas, nenhuma delas quis discutir ou ser o homem da casa; são duas mulheres iguais em todos os sentidos que se respeitam e que dividem momentos de intimidade, carinho, dor, enfim, todos os sentimentos que um casal deveria dividir, mas quem em muitos casos não o faz.

Elas preparam um terreno de maior responsabilidade social; Priscila resolveu engravidar pelo método artificial até 2010, após a conclusão de sua casa que está em construção; depois de dois anos, segundo ela, será a vez de sua parceira também fazer o mesmo; juntas elas querem criar os dois filhos, sentindo cada uma a mesma sensação de maternidade que a outra teve e somente assim poderão constituir um futuro mais prazeroso para elas e para seus filhos.

Recente um casal de lésbicas em iguais condições jurídicas que Priscila, tentou na justiça colocar na certidão de nascimento do filho de uma delas o nome da outra como sendo mão também; segundo a imprensa que divulgou o caso, a mãe verdadeira vive em regime marital com a parceira e ambas queriam que no local destinado ao nome da mãe na certidão de nascimento constassem dois nomes; no local para informar o nome do pai, este ficaria em branco, mas a justiça negou-lhes o pedido em primeiro grau. Ambas afirmaram que lutarão em outras instâncias para terem o desejo mútuo reconhecido!

No meu ponto de vista, meramente especulativo na condição jurídica, não há muito o que fazer, senão aceitar formalmente que os desejos destes casais gays sejam respeitados; muitos deles já têm filhos reconhecidos, seja por adoção, seja natural; eles querem apenas poderem viver em paz, produzirem como qualquer outra pessoa capaz pode produzir; querem também que aposentadorias sejam destinadas (se for o caso) a seus parceiros em caso de morte, que bens sejam também discutidos e/ou reconhecidos por seus consortes; que seus filhos não sejam retirados de seus parceiros em caso de morte, enfim, eles querem apenas ser iguais, como a própria Constituição Federal afirma.

Para alguns há um charme; para outros, um desrespeito; para outros, uma afronta; para alguns outros, eles são inspiração sexual, desejo ou um cataclismo das emoções naturais, mas para eles próprios, os casais de homossexuais do sexo feminino, eles são tão iguais e normais quanto eu ou você que lê este artigo, portanto, porque não respeitá-los?

Temos que manifestar algo contrário se uma pessoa nos agride; temos que denunciar quem faz amor no meio da rua; quem rouba; quem mata, mas isso não é o caso destas pessoas. Se elas preferiram viver em comunhão com o amor de alguém do mesmo sexo, o que você tem a ver com isso? Dizer que pessoas gays podem influenciar nossos filhos é uma tremenda ignomínia, para não dizer burrice crônica.

Nossos filhos terão acesso a vários caminhos de vida social, comportamental e ideológica; você poderá dar a eles a mesma orientação que teve durante a sua vida, mas é chegado um tempo em que eles próprios descobrem naturalmente os segredos que a vida sempre lhes escondeu e quando chegar esta hora, você não poderá fazer muita coisa, senão respeitá-los e apoiá-los.

O que devemos ensinar de concreto aos nossos filhos e jamais poderemos desistir em momento algum é que eles precisam ter caráter ilibado; precisamos ensinar e cobrar honestidade, civilidade, educação, princípios, enfim, retidão de caráter e não a opção sexual. Será que a mãe e o pai de Adolf Hitler prefeririam vê-lo gay ou odiado pelo mundo inteiro por todas as gerações? Será que a mãe e o pai de uma grande traficante de drogas prefeririam vê-la casado com outra mulher ou sendo “caçada” dia e noite pela polícia? Esta é a diferença entre ser criminoso e ter uma opção sexual díspar da maioria!

Em outro artigo que escrevi, alguns e-mails chegaram me perguntando qual era a minha opção sexual; o fato de eu ter por alternativa, ser heterossexual, casado duas vezes com mulheres e ter filhos, em nada quer dizer que eu não possa aceitar esta vicissitude nas outras pessoas que convivem indiretamente comigo; opção sexual é escolha, não pode ser imposta, cobrada ou abjurada a criminalidade. As pessoas só podem decidir o que elas querem adotar para ser seu modelo sexual após entenderem o mínimo do tema, ou seja; quando isso ocorre, raramente voltam atrás, porque já se sentem capazes.

É comum vermos pais levando seus filhos varões de 11 anos em diante para bordeis, na intenção que eles descubram o amor das mulheres e se tornem homens; nada comum é podermos ver um pai levando a sua filha virgem de 11 anos para um encontro amoroso com um homem, para que ela sinta-se mulher! Se o menino contrair uma doença venérea no prostíbulo, é porque já é homem; se a mulher aparece com um namoradinho e este já segurou em seus seios, na maioria dos casos ela será prostituta, para seus pais e para a sociedade!

O tema é vasto e poderia gerar várias páginas de discussão; homens e mulheres têm cada um uma opinião diferente sobre ser ou não ser gay; enquanto a sociedade julgar estas pessoas como doentes ou safadas, mais e mais aberrações, mais anomalias familiares ocorrerão; resumindo, se você é ou não é gay; se isso é ou não um problema, não deveria dizer respeito a mais ninguém!