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25 maio, 2011

Os motivos que levam os homens a pagarem por sexo

Pesquisa internacional tenta descobrir por que homens procuram prostitutas


Não recebo nada de sexo com prostitutas a não ser uma sensação péssima – diz Ben, homem de classe média, trinta e poucos anos.
Ben abriu um intervalo longo em sua agenda para falar sobre suas experiências de pagar por sexo. Envergonhado e levemente nervoso, ele confessa:
– Espero que falar sobre isso possa me ajudar a entender porque faço isso.
Ben é um dos 700 homens entrevistados para uma grande pesquisa internacional que busca revelar a verdade sobre o que leva um homem a pagar para transar. O projeto contempla seis países.


Estes homens não fazem parte do óbvio estereótipo. Os entrevistados têm entre 18 e 70 anos, são brancos, negros, asiáticos ou europeus. A maioria tem empregos e foi além do ensino médio. São bem apresentáveis, educados e sociáveis. Muitos são maridos ou têm namoradas – mais da metade deles, inclusive, está em algum relacionamento com uma mulher.
Uma pesquisa publicada em 2005 constatou que o número de homens que pagam por sexo dobrou em uma década. Os autores atribuem esse crescimento a uma "grande aceitação do contato sexual comercializado", ainda que muitos dos entrevistados para este novo projeto internacional tenham dito o que Ben falou no início desta reportagem: uma sensação de intensa culpa e vergonha por procurarem prostitutas.
"Não fiquei satisfeito em minha mente" é como um dos homens descreveu seus sentimentos. Outro disse que ficou "desapontado", mais um comentou que é um "desperdício de dinheiro" e expressões como "ainda me sinto solitário" foram citadas. Na verdade, muitos dos homens demonstraram uma grande contradição. Apesar destas experiências "terríveis", todos continuaram se encontrando com garotas de programa.
Para esta reportagem do The Guardian, 12 homens foram entrevistados. Foi uma experiência fascinante. Um contou sobre sua experiência de crueldade e negligência durante a infância e conectou isso com sua inabilidade de ficar íntimo de qualquer pessoa, especialmente mulheres. Alex admitiu que sexo com prostitutas o faz se sentir "vazio", mas não tem ideia de como poderia fazer para conhecer mulheres da maneira tradicional.
– Minha prostituta ideal é aquela que não age como uma – disse o entrevistado. – Precisa fingir que é minha namorada ou um encontro casual, não uma forma de ganhar a vida ou algo mecânico. Para uma terceira pessoa deve parecer que estamos apaixonados.
Outro entrevistado, Darren, era jovem e atraente. Perguntado sobre se ele achava que as garotas de programa com as quais transou haviam curtido o sexo, ele respondeu:
– Não quero que elas sintam nenhum prazer. Estou pagando para ter sexo e é o dever dela dar prazer a mim. Se ela curtisse, inclusive, eu me sentiria traído.
Um outro homem entrevistado, quando questionado sobre se a prostituição um dia terminaria, respondeu com uma grande gargalhada: "Matem todas as garotas de programa" para que isso aconteça.
Voltando aos resultados da pesquisa internacional: mais de um terço dos homens disse que as prostitutas que conheceram foram traficadas para Londres vindas de outro país. Isso porque suspeitaram do sotaque ou que elas não sabiam se comunicar corretamente na língua do país.
Uma das descobertas da pesquisa é intrigante: alguns entrevistados mencionaram homens que "precisariam" estuprar alguém se não pudessem pagar por sexo. Um deles disse o seguinte:
– Quando você acha que estupraria alguém, você pode compensar e ir numa prostituta. Um homem que precisa de sexo tão desesperadamente poderia sim estuprar alguém.
Quase a metade dos entrevistados que pagaram por sexo no Reino Unido disse que sua primeira experiência com prostitutas ocorreu quando tinham menos de 21 anos.
– Meu pai levou a mim e meu irmão mais velho – disse David, um dos homens participantes do projeto. – Meu pai pagou por tudo. Talvez ele quisesse apenas ter certeza de que meu irmão e eu não éramos gays. Acho que ele nunca contou isso para minha mãe.
Bob, outro homem entrevistado, compartilha sua teoria:
– Homens que pagam por sexo porque dá a sensação de que podem ter o que quiserem e quem quiserem na hora que desejarem. Muitos homens vão a prostitutas porque aí podem fazer coisas que mulheres reais não topariam.
Ainda que alguns homens tenham dito que as mulheres também curtiram o sexo, muitos outros admitiram que a garota de programa deveria estar se sentido "enjoada", "miserável", "suja" ou ainda "assustada".
Somente 6% dos homens com os quais conversamos foram presos por conta de usarem serviços de prostituição.

Miami Beach recebe maior feira erótica dos EUA

Sexta edição da Exxotica acontece neste fim de semana e reúne fabricantes, estrelas de filmes pornôs, fãs e curiosos

EFE | 21/05/2011 


O centro de convenções de Miami Beach recebe a ", a maior feira dedicada ao sexo realizada nos Estados Unidos. Neste fim de semana, os visitantes podem desfrutar de espetáculos ao vivo, conhecer estrelas de filmes pornôs e comprar as últimas novidades em produtos eróticos.


Foto: Divulgação
Atores de filmes pornôs são atrações da feira
Apesar de apimentada, a feira não conta com exibições de relações sexuais ao vivo. A porta-voz do evento, Adella Curry, explicou à Agência Efe que as leis americanas proíbem a pratica de sexo em lugares públicos.

Estrelas de filmes pornôs americanos, como a atriz cubana Diamond Kitty, de 28 anos, participam do evento. Para ela, "a Exxxotica é uma convenção, onde as atrizes pornôs do momento se reúnem para que os fãs possam conhecê-las, comprar seus filmes e tirar fotos com elas". Para Diamond, "a sociedade americana é muito mais reservada que a europeia neste tipo de coisas", embora tenha acrescentado que "muita gente diz que não vê pornô, mas todos olham às escondidas em casa".

Bridgette B., mais conhecida como "Spanish Doll", é uma espanhola que há 5 anos decidiu tentar a sorte no mundo dos filmes pornôs em Los Angeles. A atriz explicou que atualmente está "vivendo o sonho americano" e espera continuar trilhando um caminho de sucesso no ramo. Segundo Bridgette, "a Exxxotica" é uma boa oportunidade para fazer contatos com produtores de cinema, já que eles "podem ver as meninas em todo seu esplendor".



Além do espetáculo, a feira pretende conscientizar os visitantes das injustiças que são cometidas em alguns lugares do mundo no âmbito sexual. Por isso, serve de vitrine para que organizações como a fundação sem fins lucrativos "Clitoraid", que pretende construir um hospital em Burkina Fasso para as mulheres que sofreram mutilação genital apresentarem seu trabalho.

Raquel Vergara, representante da "Clitoraid", disse à Efe que "este organismo, fundado há 7 anos, tem como objetivo ajudar as mulheres a reconstruir sua dignidade e seu prazer". Raquel diz sentir-se muito feliz de poder ajudar porque "as mulheres já têm prazer sexual e se sentem melhor com seu corpo".


Foto: Divulgação
Exibitores se fantasiam na 6ª edição de Exxxotica
Annie Gutiérrez, uma das visitantes da "Exxxotica", afirmou que gosta muito desse "tipo de entretenimento para adultos" e ressaltou que "a feira não é só para homens, já que no local é possível encontrar uma grande variedade de artigos pensados para as mulheres".

Já o jovem cubano Andro confessou que foi ao evento para "ver mulheres", mas ressaltou que "só para olhar", já que estava acompanhado de sua namorada. Neste ano, a "Exxxotica" será realizada em outras cidades dos EUA como Chicago (8 a 10 de julho), Los Angeles (26 a 28 de agosto) e Nova Jersey (4 a 6 de novembro).