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23 setembro, 2010

O que acontece no cérebro durante um orgasmo?





A pequena morte, como diziam os poetas franceses, foi desentranhada até o infinito pelos cientistas mediante a realização de estudos nos quais conseguiram imagens por escâner do cérebro masculino enquanto tinha um orgasmo. Alguns acharão que sua pirotecnia e magia foram arrebatadas; outros, entre os quais me incluo, acharão que desta maneira o orgasmo atinge uma profundidade poética ainda maior. 

Estes último estudos mostraram dados inéditos sobre o orgasmo; no entanto, para sua obtenção, os voluntários tiveram que passar por um protocolo bem pouco erótico. Imaginem só a situação: cabeça imobilizada por um cinto bem apertado para a introdução de um tubo metálico de ressonância. Um catéter por via intravenosa administra com conta-gotas a água com o marcador radioativo necessário para obter imagens mediante a tomografia por emissão de pósitrons. E então, o cientista diz:  - "Agora fica bem quietinho para evitar a ativação das partes visuais ou motoras do cérebro e tente ter um orgasmo". 


Uma situação como esta é toda a antítese do erotismo, é certamente difícil ter uma ereção e ejacular. Mas os voluntários do experimento conseguiam-no graças à ajudinha providencial de suas amigas. Contra todo os prognósticos, 8 em cada 11 voluntários foram capazes de chegar ao orgasmo nestas condições -tudo pelo bem da ciência emoticom-, segundo o estudo realizado por Gert Holstege e seus colaboradores do Hospital Universitário de Groninga nos Países Baixos. 


Por conseguinte, uma vez atingida a proeza de ejacular dentro deste meio hiper-tecnológico que faria qualquer um se sentir em um tipo de pan-óptico, os resultados permitiram aprofundar o que se passa quando temos um orgasmo, explicado assim pelo professor de Neurociência


"Como era de esperar, os centros de gratificação do cérebro, entre eles a área tegmental ventral, intervém de forma muito intensa. Neste sentido e em referência aos aspectos prazerosos, um novo amor e o orgasmo são como a heroína e a cocaína que ativam um grande número de áreas discretas no córtex, entre elas locais dos lóbulos parietais, frontal e temporário. Resulta surpreendente que estas localizações da ativação cortical estejam só no lado direito do cérebro. Por último, o cerebelo é ativado de forma intensa durante o orgasmo.

Os resultados dos orgasmos femininos foram muito similares, mas com algumas diferenças. A principal é uma ativação de uma área do cérebro denominada região cinza periaquedutal, uma região onde há muitos neurônios portadores de endorfinas que possivelmente conferem um aspecto adicional ao prazer sexual ou a sensação de saciedade que as mulheres sentem.

Como curiosidade sobre o orgasmo feminino, há pacientes que sofrem ataques convulsivos que afetam os lóbulos temporários direitos -nos quais radicam partes do sistema límbico- que induzem à mulher ao orgasmo. Normalmente são orgasmos sem prazer, mas também existem casos de pacientes com orgasmos prazerosos incontrolados como os casos de Michelle Thompson que tem 300 orgasmos por dia e de Sarah Carmem com 200 orgasmos ao dia.

Existe também o caso de uma taiwanesa de 41 anos Yao-Chung Chuang, que padecia destes ataques convulsivos, e que, alguns segundos após escovar os dentes, tinha orgasmos prazerosos. Sem dúvida todo um estímulo para manter uma boa saúde buco-dental.




Como potenciar o orgasmo


Como potenciar o orgasmo
Conhecer aquilo que a separa do seu companheiro (e vice-versa) pode, na verdade, aproximar-vos. Saiba como

As diferenças entre homens e mulheres no que respeita ao sexo existem e são grandes.

As conclusões dos últimos estudos realizados sobre as especificidades da sexualidade feminina e masculina podem explicar muitas reacções que você e o seu parceiro revelam neste campo.

Mas tenha em conta que, para além de condicionantes biológicas, culturais e sociais, existem factores individuais que interferem na (sua) sexualidade. Por isso, leia o que se segue, partilhe-o com o seu companheiro, analisem até que ponto as descobertas da ciência se enquadram na vossa sexualidade e depois usem, com frequência, o mais indispensável instrumento da relação: o diálogo.

A selecção

As diferenças entre os sexos começam no flirt. 70 por cento dos sinais de sedução são emitidos pelas mulheres. E há uma explicação darwinista para este facto, como aponta Lidia Weber, psicóloga:

«É a mulher quem define o parceiro adequado para a sua prole. Ela investe muito mais num relacionamento: produz cerca de 400 óvulos e homem 12 milhões de espermatozóides, logo o óvulo é um produto mais caro! E o investimento não termina aí», sublinha.

«Ainda tem três ou quatro anos de investimento, entre gestação, lactação e cuidados com a criança. A gravidez tem um custo muito maior para ela, portanto a escolha tem de ser mais cuidadosa». E complexa, insiste.

Sexo cerebral

O desejo, a excitação e o orgasmo femininos e masculinos encontram como primeira condicionante a biologia. Louann Brizendine, neuropsiquiatra, explica na obra «O Cérebro Feminino» que «os centros cerebrais masculinos dedicados à sexualidade são duas vezes maiores do que as estruturas correspondentes no cérebro feminino».

«Em média, os homens têm entre dez e 100 vezes mais testosterona (o combustível que alimenta o mecanismo sexual do cérebro) do que as mulheres», acrescenta ainda. Para além disso, o desejo sexual feminino é influenciado por oscilações hormonais mensais.

E, curiosamente, refere a especialista, precisamos de um passo neurológico extra para sentirmos prazer e alcançarmos o orgasmo: o desligar da amígdala (o mecanismo da ansiedade e medo). O pior é que este processo é frágil e pode ser facilmente interrompido por termos tido um dia stressante ou estarmos preocupadas com a 



Complexidade feminina

A sexualidade feminina continua a ser mais controlada por factores socio-culturais do que a masculina. Este facto pode explicar, em parte, porque razão parecem os homens mais disponíveis para o sexo.

Paralelamente, como explica Nuno Nodin, psicólogo, «o desejo feminino é mais facilmente aceso pela audição, pelo toque sensual, portanto por uma abordagem mais emocional». Entre as mulheres, o peso das palavras não se faz sentir apenas no desejo.

Allan e Barbara Pease escrevem na obra «Porque é que os homens nunca ouvem nada e as mulheres não sabem ler o mapas de estrada» que «para uma mulher, a conversa é uma parte essencial dos preliminares (...). Se o homem deixar de falar enquanto faz amor, pode ter o sentimento de que ele não se interessa por ela».

A questão é que, durante o acto sexual, mostram exames realizados ao cérebro masculino, ele está tão concentrado «que fica quase surdo», referem ainda.

O clímax

Se a mulher gosta de ouvir, o seu processo de excitação é mais lento e pede um enredo, o homem prefere ver. Segundo Nuno Nodin, «ele é mais estimulado por factores de ordem sexual, física, pela visão».

Daí que a pornografia seja especialmente direccionada ao homem e a lingerie um eficaz afrodisíaco. E quanto ao orgasmo? Pois saiba que dura cerca de dez segundos e, embora a rapidez não seja sinal de maior satisfação, se ao homem bastam dois minutos para o atingir a mulher demora cerca de 13.

Como usar então as diferenças a nosso favor? O que fazer para ter uma sexualidade mais feliz? Perceber que o que queremos nem sempre é o que o outro deseja e seguir as dicas de Drew Pinsky, médico citado pela MSNBC.com:

«Os homens devem compreender a biologia da mulher com quem estão, reconhecer que não são todas iguais. (...) Para algumas os preliminares são um jantar romântico. O casal não deve estar tão preocupado em chegar ao clímax e sim em criar maior intimidade».



O ritmo do desejo
Saiba quais são as alturas em que o desejo sexual mais aperta:

1. Durante a segunda semana do ciclo menstrual, o desejo sexual da mulher aumenta.

2. Na fase da ovulação, a mulher prefere parceiros mais musculados (cujo legado genético garantirá a sobrevivência da espécie) e na fase menstrual gosta de homens graciosos.

3. A testosterona atinge o seu ponto máximo em Setembro, altura em que os homens sentem maior apetite sexual.

4. O desejo sexual feminino atinge o seu pico entre os 36 e os 38 anos.

5. A partir da menopausa, se não existirem complicações, a mulher pode ter um aumento de desejo.

Sabia que...
Segundo Lidia Weber, psicóloga, os homens preferem mulheres com bochechas proeminentes e seios arrendondados (sinais de maturidade sexual), assim como rostos mais simétricos, que indicam saúde física e mental.



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