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10 outubro, 2012

Cérebro QUERENDO SEXO excitável

PODEMOS DIZER que o cérebro é um órgão sexual por excelência - é ele que nos permite experimentar o prazer. Os neurotransmissores noradrenalina, dopamina e serotonina participam ativamente desse processo, que tem a ver não só com a excitação erótica mas também com bem-estar. A serotonina, por exemplo, ajuda a regular o sono, o apetite, as funções cognitivas, o humor e a produção de hormônios sexuais. Mas a saúde depende do equilíbrio dessas substâncias - excesso de serotonina diminui a libido.Os hormônios também são decisivos. A testosterona, um hormônio masculino, está presente em homens e mulheres, mas, neles, em quantidade maior. Ela estimula o desejo sexual. Nas mulheres, predomina o estrógeno. Sua produção tem início na puberdade e decresce a partir da menopausa - o que tende a diminuir a lubrificação vaginal e alterar o humor. Outros hormônios, como oxitocina e vasopressina, estão relacionados à capacidade de estabelecer vínculos. Em seu livro EM BUSCA DE SPINOZA - NEUROBIOLOGIA DA EMOÇÃO E DOS SENTIMENTOS (ED. CRÍTICA), o neurocientista português Antonio Damásio cita uma experiência com ratos. Nas fêmeas foi suprimida a oxitocina e nos machos a vasopressina. Resultado: os laços entre os casais se afrouxaram e ambos deixaram de ser fiéis.É bom lembrar, porém, que não somos ratos. "A química cerebral é fascinante, mas não é suficiente para explicar o comportamento sexual das pessoas", afirma o ginecologista Eliano Pellini, chefe do setor de saúde e medicina sexual da Faculdade de Medicina do ABC. Ele observa que o sexo é um fenômeno biopsicossocial e sofre inúmeras influências. O que faz uma pessoa se sentir sexualmente atraída por outra? Mesmo que seja possível elencar alguns itens socialmente valorizados (como beleza, inteligência, nível cultural etc.), sempre restará algum ponto enigmático. O que torna as coisas ainda mais excitantes.