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24 março, 2012

sinais de que está a apaixonar-se


Ele é apenas um amigo ou já gostava que fosse alguma coisa mais? Descubra se o amor da sua vida está mesmo aí ao seu lado.


Pode ser o amor da sua vida. Pode ser só uma paixoneta. Pode não dar em nada. Pode dar em tudo. Mas só o mero facto de se estar apaixonada é bom. Aproveite e divirta-se. Ou não.
1 - Ele é a primeira pessoa em quem pensa quando acorda e a última em quem pensa antes de adormecer. Às vezes nem consegue adormecer porque o cérebro está encalhado naquela imagem e parece que não consegue mexer dali. Uma estafa, enfim.
2 - Quando entra em qualquer sítio onde ele possa estar e não está, é como se o Universo estivesse todo contra si.
3 - Dá por si a sorrir que nem uma idiota sem nenhuma razão aparente. Nem sequer estava a pensar nele. Depois fica chateada que nem um peru por causa disso e põe-se imediatamente a imaginar coisas terríveis (que ele tem uma mulher escondida no sótão e você há de ser a última a saber).
4 - Pensa nele enquanto se veste. Não diga que não é verdade! Enquanto até aqui nos vestíamos para nós ou umas para as outras ou simplesmente para o espelho não se pôr a dizer o que dizem sempre (Branca de Neve é mais bela) ou ainda mais simplesmente a primeira coisa que vinha à mão que não nos apertava nem picava, agora há sempre um neurónio que se encarrega de fiscalizar se ele vai gostar ou não de a ver assim (adenda: mesmo que ele esteja muito muito muito apaixonado, só vai reparar em alguma coisa que tenha vestida se for qualquer coisa muito muito muito acima do joelho e mesmo assim não terá nada a ver com estar apaixonado por si.)
5 - Não consegue olhar para ele porque acha que se tornou instantaneamente transparente e que a sua alma é um écran permanentemente sintonizado na cara dele e ele vai ver assim que botar os olhos em si! Ahhhhhhh! Não olhes! Não olhes! Imagina imensos cenários em que acontecem coisas fantásticas, mas depois ao vivo, quando ele olha para si, apetece-lhe desaparecer pelo chão abaixo, fugir aos gritos, desenvolver um feitiço de invisibilidade ou acontecer que a casa pegue fogo de modo a que ele olhe para outro lado. Até estar em condições de poder fazer alguma delas, o sofrimento é atroz. Ainda por cima, não se consegue dizer coisa com coisa. A língua embrulha-se. Os neurónios fogem a correr e a uivar como os índios nos filmes de cobóis. Tem um mestrado em psicologia aplicada e um MBA sobre gestão de recursos hídricos aplicada às novas tecnologias, mas de repente não consegue dizer coisa com coisa.
6 - Tem saudades dele: quando está com ele apetece-lhes estar noutro lado do planeta, mas assim que deixa de o ver apetece-lhe atirar-se para os braços dele, e quando era suposto ele aparecer e não aparece, o dia deixa de valer a pena. A vida deixa de valer a pena. Não admira que estar apaixonada seja absolutamente extenuante.
7 -  Tem ciúmes do cão dele. Ok, é mais daquela loira que meteu conversa com ele e estiveram ali os dois um horror de tempo enquanto você tinha vontade de morrer (é incrível que alguém queira estar apaixonado, as vezes que se tem vontade de morrer são mais que as vezes que o Mourinho já ganhou um jogo). Até chega a contar o número de vezes que ele falou na loira. Se for uma, já tem vontade de lhe bater. Nela e nele. E no Mourinho. E no resto do mundo. (Atenção: faça o que fizer, não faça isto.)
8 - Imagina como seriam os vossos filhos (hehehe. NÃO diga que nunca fez isto!)
9 - As pessoas dizem-lhe que está radiosa. Isto é estranho porque acontece mesmo que o objeto da nossa afeição, esse ingrato, nos tenha trocado pela loira ou nunca tenha sequer sabido da nossa existência. Aproveite porque a ‘radiância' só dura nos primeiros tempos. Depois, se a pessoa continua apaixonada, fica uma espécie de meio sol de verão, está sempre lá mas ninguém dá por isso. Nem ele. São tão burros, os homens.
10. Não consegue concentrar-se. Esta é a alínea mais perigosa da coleção. Você lá vai tocando o burro prá frente, como dizem os brasileiros, mas o burro anda tããããão devagarinho! Leva-lhe o triplo do tempo para fazer qualquer tarefa simples. As pessoas que não lhe dizem que está com cara radiosa dizem que está com cara de aluada e que não ouve o que lhe dizem. Invejosas.
11. Arruma a cozinha. E compra almofadas novas. E velas com cheiro. Nunca se sabe.
12. Preocupa-se porque não sabe cozinhar. Não é suficientemente culta. Nem magra. Nem gira. Nem tem as unhas pintadas. Nem é a mulher por quem você mesma gostaria de se apaixonar se fosse homem. Ou lésbica. Aquela coisa de se amar por aquilo que você é, de repente deixa de fazer sentido. Aquela coisa que lhe ensinaram de olhar para o espelho e dizer dez vezes ‘eu adoro-te' assim que acorda já não funciona, se é que alguma vez funcionou. Sim, eu adoro-me de paixão, mas o Vasco não!
13. O mundo torna-se profunda e transtornantemente esotérico. Tudo são sinais. Ele olhou para si, é um sinal. Ele disse-lhe qualquer coisa absolutamente banal, mas não, é um sinal, ele chocou consigo à saída da casa de banho, foi um sinal, ele pôs-se à sua frente mas não era porque não houvesse mais espaço, era UM SINAL! De repente o universo deixa de lhe falar em língua humana e passa a exprimir-se por complicados códigos sub humanos. Se uma amiga lhe diz que aquilo não foi um sinal, foi só aquilo que foi, corta-a imediatamente das suas relações. Afinal, ela não viu! Não estava lá! Ou não estava a prestar atenção! Ou não a conhece verdadeiramente! Nem a ele! Já não distingue entre o que é verdade e o que é ilusão, entre o que vê mesmo e o que gostava de ver. Não admira que se fique doente.
14. Compra roupa nova de que não precisa, e que nunca era aquela que verdadeiramente queria, porque de facto não precisa dela, precisa dele...
15. Fica em pânico só de pensar que alguém pode descobrir. No segundo a seguir a pensar nisto, vai contar tudo à sua melhor amiga. Sente-se melhor por algum tempo até perceber que agora tem de lhe relatar todos os episódios da telenovela, inclusive aqueles em que não acontece nada. Não se aguenta e conta também a mais duas ou três pessoas. Depois volta a entrar em pânico porque agora de facto já há quem saiba. E quem dê palpites. Todos os palpites vão contra aquilo que você quer, deve ou se sente em condições de fazer. Nenhum lhe serve do que quer que seja. Mas agora é demasiado tarde.
16. Não consegue parar de ouvir canções lamechas. Até já ouve o Tony Carreira. ‘Quem esqueceu não chora', diz ele, e é uma grande verdade, o pior é chegar lá! Apanha-se a trautear Michael Bolton, vêm-lhe as lágrimas aos olhos com a Celine Dion, e o James Blunt leva-a a toda a espécie de cenários imaginários (ai que mal que isto soou) de que tem dificuldade em fugir. Compra o DVD do ‘Crepúsculo' mesmo que tenha mais de 40 anos e idade para ter juízo. Está aqui, está a postar poemas da Florbela Espanca no Facebook. Atenção que depois disto não há retorno.
17.  Não consegue parar de dizer o nome dele. Sempre que vem à baila. Sempre que não vem, arranja maneira de vir à baila. Ri-se para dentro. Se eles soubessem... Temos notícias: sabe mais gente do que você pensa. Ou em breve vai ficar a saber. Boa sorte.
18. Acha que ninguém a percebe. E tem razão. Ninguém percebe mesmo. Se tem 17 anos, já está habituada. Se tem 47, sente-se outra vez com 17.
19. Há uma altura, geralmente à noite, em que sente a desesperar. Também temos notícias: vai ficar pior.
20. Faz todos os testes sobre estar apaixonada a pensar numa pessoa e responde a tudo que sim e fica com a sensação de que já sabia aquilo tudo antes de fazer o teste, e agora faz o quê, a saber aquilo que sempre soube?



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