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01 maio, 2011

Olha aí o Obama e o Sarkozy... desejos sexy


Jesus disse “Mas eu lhes digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério no seu coração.” (Mt 5.28 )

Bem, não entrarei no polêmico campo da fé. Sou mitóloga e a bíblia, conglomerado de livros que tem suas narrativas erigidas sobre as mitologias de muitos outros povos, não é, em definitivo, para mim, uma fonte de verdades a serem seguidas...


\\\\\\\"Deve ser mesmo pecado...\\\\\\\"

Além de mitóloga, sou tradutora. Pecado, \\\\\\\"pecus\\\\\\\", do latim, significa: pés defeituosos, pés incapazes de empreender uma caminhada.

Por extensão, pecado é tudo aquilo que nos limita e aprisiona num determinado lugar.

Fantasias dão asas à imaginação e, por consequinte, libertam. Quem aprisiona é a culpa. Em minha ótica, portanto, \\\\\\\"pecado\\\\\\\" é sentir culpa. E, como não sinto nenhuma, pecado é uma palavra que não existe em minha vida.

\\\\\\\"...com que interesse uma mulher casada fantasiaria com um homem que não fosse seu marido?\\\\\\\"

Com interesse erótico, claro! Eu poderia dizer que mulher olha para os homens de sua fantasia (sujeitos reais ou imaginários) como olham pra outras mulheres: conferindo, comparando, registrando...

Mas você, que admite ter fantasiado, sabe que não é bem assim: mulher fantasia degustando, acariciando, apalpando... fantasiar é uma fuga. Uma escapulidinha, sim. Mas é rápida, indolor, e voltamos para o parceiro de carne e osso eletrizadas.

-Ah!, dirão as muito culpadas - mas se excitar com um e gozar com outro é pecado!

Já disse que não acredito nisso!

A mulher fantasia com \\\\\\\"o\\\\\\\" homem, não com \\\\\\\"aquele\\\\\\\" homem específico. É o homem, como gênero, que excita a mulher. Quando ele desponta fascinante em nossa imaginação, acorda em nós igualmente a mulher gênero, a fêmea, não a criatura socializada, a esposa zeloza, noiva ou namorada...

Pode-se dizer mesmo que não há, normalmente, interesse real no tal homem da fantasia. Nem a real esperança de que ele corresponda.

É como se a mulher comprometida afetivamente com o marido encontrasse, na fugacidade da fantasia, uma reserva de energias. Grosso modo, a fantasia é uma recarga na bateria cansada da mulher casada. Hehehe...
O homem da fantasia é o objeto. Mas o marido, que ela ama, continua sendo o sujeito. E um sujeito de grandes predicados, que ela jamais trocaria por um objeto. Nesse caso, um objeto fantástico. hehehe...

\\\\\\\"Como poderia contar isso pro marido?\\\\\\\"
E pra que contar pro marido, criatura? Amores terminam por histórias certas contadas para pessoas erradas. Casamento não é lugar para catarses. Nem tolera verdades desenfreadas. Não funciona, por exemplo, como a relação que se estabelece entre o psicólogo e seu analisado.

Mas se a mulher não consegue mesmo segurar a língua dentro da boca, se vive um casamento sem censura, como o meu, basta explicar ao queridíssimo consorte que fantasia de mulher casada funciona tal qual aquela erotização difusa proporcionada pela visão de uma madrinha de bateria, da Flávia Alessandra estampada na Playboy ou da vizinha boazuda desfilando com aquela malha de ginástica pela rua...

Ou seja, não precisa dar grandes explicações, minha querida, porque disso seu marido entende. Homem (casado ou não) também é movido a fantasia.  

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