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A palavra Natal deriva do latim Natale - grafada com a inicial maiúscula quando se refere ao nascimento de Jesus, cujo aniversário teria sido escolhido, segundo boa parte dos estudiosos, para coincidir com a festividade romana do deus Sol. À festa de raízes pagãs foi conferida uma nova linguagem cristã, da mesma forma que alusões ao simbolismo de Cristo como o “sol da justiça” (Malaquias 4:2) e a “luz do mundo” (João 8:12) expressam o sincretismo religioso desta data.
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No Brasil, as celebrações natalinas já ocorriam com a presença dos jesuítas, no século 16, e eram marcadas por uma festa religiosa tradicional, com a missa do galo, o jantar em família e a montagem de presépios como os momentos mais importantes. A distribuição de presentes, o Papai Noel ou a árvore natalina seriam introduzidas só em fins do século 18 no país, quando a festa começa a ser associada à infância. Principalmente após a 1ª guerra mundial (1914) fixam-se os costumes de distribuição de presentes a crianças carentes, mas é provável que famílias de elite e de classe média tenham iniciado as comemorações como as conhecemos hoje antes disso, pelo contato com países industrializados e protestantes.
De celebração de uma simples missa, o Natal foi substituindo várias festividades em diversos países e passou a incluir um infinito número de tradições. Com o individualismo característico da Reforma Protestante tornou-se uma forma de movimentar a troca de mercadorias e o capitalismo. Também a figura do Papai Noel, calcada em São Nicolau (ver Tradições Natalinas) incorporou práticas do paganismo nórdico. Daí as imagens de neve associadas ao evento e à árvore de Natal.
Hoje é o feriado mais rentável em países predominantemente cristãos (existem 1,8 bilhões de cristãos no mundo), mas também em países como Japão e nações do mundo islâmico como um feriado secundário, movimentando o comércio e a troca de presentes. Apesar das tradições serem variadas e ricas, a influência dos costumes natalinos estado-unidenses e britânicos determina a tônica da celebração nos países ocidentais.
Primeiro, que, na Bíblia, Lucas afirma que havia pastores vivendo ao ar livre e vigiando rebanhos à noite perto do local onde Jesus nasceu. O frio intenso, com as temperaturas mais baixas do ano, tornaria impossível ficar de pé do lado de fora. Segundo os profetas Esdras e Jeremias, Jesus teria nascido, ao contrário, na primavera ou verão, a menos que a passagem do seu nascimento tenha sido escrita em linguagem alegórica. Segundo, visto que Cristo viveu vinte e três anos e meio e morreu por volta do mês de março, não poderia realmente ter nascido em 25 de dezembro. Por fim, quando os cristãos abandonaram o calendário Juliano para adotar o Gregoriano, a data do Natal foi adiantada em 11 dias para compensar a mudança de calendário. E na Igreja Católica, os chamados “calendaristas” ainda festejam o Natal em sua data original, no dia 7 de janeiro. Ainda no século 4, as igrejas ocidentais passaram a adotar o dia 25 de dezembro para o Natal e o dia 6 de janeiro para o dia que representa a visita dos reis Magos à manjedoura onde nasceu Jesus, mas o primeiro testemunho direto sobre o nascimento de Cristo em 25 de dezembro é de Sexto Júlio Africano, no ano de 221. As evidências que contrariam a data religiosa, porém, são diversas. |
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